O torcedor da Chapecoense pode encher o peito e gritar que está de volta a Série A do Campeonato Brasileiro. Isso porque, superando o rival Figueirense por 2 a 1 na noite dessa quarta-feira (12) na Arena Condá, a Chape chega a 66 unidades e acumula 14 de diferença para o quinto colocado (o Juventude) restando somente 12 em disputa.
Para o Figueira, a luta para escapar da zona de rebaixamento segue com o time da capital catarinense, nesse momento, estando em 18° colocado com 36 unidades, uma a menos do que o primeiro fora do Z4.
INÍCIO ACESO
Mesmo com o grau de importância que tinha o triunfo para os mandantes, quem pareceu começar de maneira mais concentrada e ativa na sua forma de encarar o confronto foi o Figueira, principalmente quando explorava com velocidade o lado direito do ataque para espaçar a defesa da Chape. Foi dessa forma, aliás, que o Alvinegro quase marcou na finalização travada de Bruno Michel além da batida onde Geovane Itinga fez uma intervenção providencial para evitar a abertura do marcador.
CRESCEU NO JOGO E MARCOU
Apesar do início em dificuldade, aos poucos o time de Chapecó pareceu ir se encontrando no confronto e foi acumulando finalizações onde a grande dificuldade parecia ser "ajustar" a mira para efetivamente fazer Rodolfo Castro trabalhar. Foi aí que apareceu Paulinho Moccelin para primeiro assustar o arqueiro do Figueira com um chute cruzado firme e de defesa complicada e, depois, para inaugurar a contagem para o time Condá. Depois de passe curto no escanteio batido pelo lado direito, Matheus cruzou e Moccelin testou para balançar as redes do time de Florianópolis.
TROCAÇÃO FRANCA
O modelo de jogo implementado pelas duas partes começou a se mostrar cada vez mais claro e, consequentemente, a ação dos goleiros foi se tornando proporcionalmente importante no jogo que virou um "ataque contra ataque".
Enquanto Diego Gonçalves e Geovane Itinga foram os grandes atores ofensivos do Furacão do Estreito (com direito a gol anulado por impedimento), do lado da Chapecoense Ronei e Paulinho Moccelin só não aumentaram a vantagem porque Rodolfo Castro praticou, pelo menos, três intervenções maravilhosas.
NÃO FALTOU EMOÇÃO
O descanso para o intervalo não serviu para amenizar o ritmo frenético de ataques consecutivos que os rivais catarinenses implementaram nos primeiros 45 minutos. Diego Gonçalves, Roberto, Denner, Erison... as chances iam se acumulando, parecendo realmente uma questão de tempo até que outro gol saísse em Chapecó. E saiu.
Depois de batida de falta vinda pelo lado esquerdo da grande área, Rodolfo Castro espalmou de maneira parcial e o zagueiro Derlan, no rebote, bateu alto bola que ainda bateu no travessão antes de balançar as redes adversárias e encaminhar o tão desejado retorno à elite do futebol nacional.
ESFORÇO FINAL
O Figueirense persistiu até os minutos finais e até conseguiu diminuir a distância no placar em penalidade onde Diego Gonçalves bateu firme, no meio do gol para fazer o primeiro tento da equipe na partida. Entretanto, até o apito final da arbitragem do gaúcho Jean Pierre Gonçalves Lima, o marcador não mais se alterou e a Chape, oficialmente, está na Série A no segundo semestre de 2021.
FICHA TÉCNICA
CHAPECOENSE x FIGUEIRENSE - 34ª RODADA DA SÉRIE B
Estádio: Arena Condá, em Chapecó (SC)
Data e horário: 12 de janeiro de 2021, às 21h30
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (CBF-RS)
Assistentes: Leirson Peng Martins (CBF-RS) e Mauricio Coelho Silva Penna (CBF-RS)
Gramado: Bom
Cartões amarelos: Umberto Luzer (CHA)
GOLS: Paulinho Moccelin (21'/1°T) (1-0), Derlan (20'/2°T) (2-0), Diego Gonçalves (38'/2°T)
CHAPECOENSE (Técnico: Umberto Louzer)
João Ricardo; Matheus, Derlan, Felipe Santana e Roberto; Willian, Anderson Leite (Ronei, aos 26'/1°T) e Denner (Lucas Tocantins, aos 24'/2°T); Mike (Aylon, aos 24'/2°T), Paulinho Moccelin (Foguinho, aos 35'/2°T) e Perotti (Alan Santos, aos 35'/2°T).
FIGUEIRENSE (Técnico: Jorginho)
Rodolfo; Thiaguinho, Guilherme Thiago, Vitor Mendes e Renan Luis; Arouca, Matheus Neris (Alemão, aos 24'/2°T), Dudu (Alecsandro, aos 12'/2°T) e Bruno Michel (Guilherme, aos 24'/2°T); Diego Gonçalves e Geovane Itinga (Erison, aos 12'/2°T).