O Presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD), Paulo César Salomão Filho, confirmou o recebimento, na noite desta sexta-feira, do pedido, por parte do Paysandu, de impugnação da partida contra o Náutico, pelas quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro. No entanto, o dirigente negou a paralisação da competição e o time pernambucano vai poder disputar a semifinal, que começa neste domingo, com a primeira partida contra o Juventude.
No despacho, o presidente do STJD determina a não homologação do resultado da partida, mas nega a paralisação da Série C, argumentando que isto seria "demasiadamente acentuado", não só para os clubes envolvidos, mas para a competição e o futebol em geral. Paulo Salomão determinou a abertura do prazo de dois dias para o Náutico se manifestar. Logo depois, a Procuradoria tem o mesmo prazo para se posicionar.
O Paysandu solicita a impugnação da partida de volta das quartas de final da Série C, alegando "erro de direito" no pênalti marcado pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden a favor do Náutico, aos 49 minutos do segundo tempo. A cobrança foi convertida, empatando o jogo em 2 a 2 e levando a decisão para os pênaltis, quando o time pernambucano fez 5 a 3 e ficou com a vaga na semifinal, consequentemente, na Série B.
No lance reclamado pelo Paysandu, após um cruzamento na área, a bola bate no braço do volante bicolor Uchôa após desvio de cabeça de Caíque Oliveira, também do Papão. Até os 49 do segundo tempo, o time paraense estava ficando com a vaga na Segunda Divisão.
Os jogadores do Paysandu reclamaram muito da marcação, pois o jogador estava com o braço rente ao corpo. Logo após a partida, o técnico Hélio dos Anjos disse se "sentir roubado". O Papão contratou o advogado do Flamengo, Michel Assef Filho para tentar a impugnação da partida.