Uma testemunha do assassinato do meia Daniel Corrêa de Freitas, apresentada como fundamental pela Polícia Civil do Paraná, deu sua primeira declaração após o crime. O homem, que preferiu não se identificar, relatou ter visto o jogador sendo agredido por quatro homens durante uma festa de aniversário da filha do suspeito, no último sábado, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
- O rapaz em questão sumiu e passados uns dez minutos ouvi muita gritaria pedindo socorro para que acudisse, para que não acontecesse uma tragédia. Nisso eu fui pela janela pelo lado de fora e avistei o que estava acontecendo. O rapaz que veio a óbito estava sendo enforcado, apanhando muito muito. Nisso entraram mais dois rapazes e ajudaram a bater nele. Eu tentei acudir para impedir a tragédia, mas não tem o que fazer. No momento que eu tento separar, o rapaz em questão [o empresário] olha pra mim e fala: sai daqui seu c***. Você não me ajudou. Você vai ser o próximo” - disse a testemunha ao portal Globo, completando em seguida:
- Depois entrou mais um no quarto, arrancaram ele do quarto já bem machucado, bem debilitado. Jogaram ele um pouquinho para fora da garagem e continuaram a espancar ele. Falaram palavras de baixo calão. E um deles disse: 'Mexeu com mulher de bandido, vai morrer".
Edison Brittes Jr, suspeito do assassinato de Daniel, meia do São Paulo, admitiu o crime à Polícia Civil do Paraná. A defesa do agressor confirmou a revelação e alegou que seu cliente agiu para proteger sua esposa, que teria sido atacada pelo jogador enquanto dormia. Edison foi preso na manhã desta quinta-feira em sua casa, em São José dos Pinhais. A mulher e sua filha, de 18 anos, também foram detidas, por suspeitas de envolvimento no crime.
O corpo do jogador Daniel foi encontrado morto no último sábado, em uma plantação de pinos, em São José dos Pinhais, com muitos ferimentos e o pênis decepado.