O Rio de Janeiro mais uma vez sofreu com clima de violência antes de um clássico. Neste sábado, em confusão entre torcedores de Botafogo e Flamengo na Ilha do Governador, dois torcedores foram baleados e um deles acabou falecendo no hospital.
- Na tarde deste sábado (10/11), policiais militares do 17º BPM (Ilha) foram acionados pare verificar uma briga entre torcedores do Flamengo e Botafogo na Rua Combu, no bairro Cacuia. No local foi constatado que a confusão já tinha terminado e que houve tiros disparados e baleados. A equipe então foi até a emergência do Hospital Municipal Evandro Freire, também na Ilha do Governador, e constatou que dois torcedores baleados haviam dado entrada naquele pronto-atendimento e que um dos feridos não havia resistido aos ferimentos. Agentes da Delegacia de Homicídios (DH-Capital) estão no local - explicou a assessoria de comunicação da Polícia Militar.
Em outro ponto da cidade, na Avenida Brasil, também houve briga entre os torcedores dos clubes. Um ônibus com membros de organizada do Alvinegro passava na avenida, na altura do Parque União, quando foi visto um churrasco com rubro-negros e houve o pedido para que o veículo parasse. O motorista não atendeu e foi agredido. Ao mesmo tempo, houve um ataque dos torcedores do Flamengo. Pedras e bombas foram arremessadas. Um dos lados do ônibus ficou com janelas quebradas. A polícia conseguiu prender os envolvidos na confusão, cerca de 60 pessoas, e os encaminhou para o Jecrim (Juizado Especial Criminal) no Nilton Santos.
- Infelizmente mais um caso de violência envolvendo torcidas organizadas. Uma equipe do batalhão fazendo escolta de alguns torcedores da Fúria, ao passar pela Avenida Brasil, do outro lado da via, havia uma torcida do Flamengo concentrada, e esses torcedores do Botafogo, da Fúria, ameaçaram o motorista do ônibus, pedindo para que o veículo parasse, e desceu do ônibus para entrar em confronto com esses torcedores do Flamengo. Houve um tumulto generalizado na avenida, os policiais do Gepe conseguiram pegar todos os torcedores envolvidos no confronto e trazer ao juizado do torcedor - disse o major Silvio Luiz, comandante do Gepe, que completou:
- Cabe ressaltar que o ônibus sendo escoltado, em hipótese alguma, o torcedor pode descer para entrar em confronto e isso tudo é conversado com a torcida antes da saída do ponto de escolta. Eles sabem que têm permanecer dentro do ônibus e quem tem que atuar é a polícia militar, e não eles descerem para dar ataque e brigar com outra torcida e trazer pânico à população que está passando no local.
O comandante do Gepe explicou a ação da polícia para evitar as brigas entre torcedores rivais, inclusive longe do estádio. Segundo ele, as medidas serão adotadas contra os detidos para diminuir a violência nos jogos.
- A gente verifica a forma como esses torcedores, se é que podemos chamá-los assim, estão se comportando. Há um emprego massivo da Polícia Militar voltado para esse jogo entre Flamengo e Botafogo, não só no estádio Nilton Santos, mas em vários pontos e vários bairros, justamente para tentar evitar esse tipo de conflito, e infelizmente eles continuam acontecendo. Nós estamos aí com cerca de 50 a 60 torcedores presos, estamos apresentando para que as medidas possam ser adotadas, salientado sempre que, com essas prisões, a gente consiga diminuir essa onda de violência.
* Matéria atualizada às 19h43