Na volta ao Maracanã, Fluminense decepciona e só empata com o Vitória
Tricolor sai atrás, empata com pênalti inexistente e vira o jogo. Mas faz péssima etapa final e cede o 2 a 2 ao Vitória. Com isso, segue fora da zona da Libertadores. E a torcida vaia
Nesta sexta-feira, no jogo que marcou a sua volta ao Maracanã após 11 meses e que ainda contou com homenagens a um de seus maiores ídolos, Carlos Alberto Torres, que morreu na terça-feira, o Fluminense não fez a alegria da sua torcida. Apenas empatou em 2 a 2 com o Vitória, sendo que um de seus gols só saiu por causa de uma marcação errada da arbitragem, que marcou pênalti numa falta que ocorreu quase um metro fora da área. Com isso, o Tricolor segue fora do G6, com 48 pontos. O Vitória foi para 36 pontos, mas segue na zona de rebaixamento.
O público decepcionou: 17.250 pagantes no primeiro jogo do Tricolor no estádio neste ano. O Fluminense foi superior no primeiro tempo. Viu o Vitória sair na frente com um gol de Marcelo, empatou com Richarlison (cobrando o pênalti mal marcado) e Cícero viraram o placar. Na etapa final, o Tricolor se fechou e criou perigosas chances nos contra-ataques, mas o Vitória foi bem melhor e merecidamente empatou com Marinho.
O JOGO
Com o Fluminense repetindo a escalação do empate com o Coritiba e o Vitória cheio de mudanças em relação ao fracasso em casa contra o Cruzeiro - bem mais fechado, com três volantes, e os retornos do zagueiro Kanu e do atacante Marinho - era de se esperar que o Tricolor tomasse as rédeas. Buscando jogar pelos flancos, principalmente com os avanços do lateral-direito Wellington Silva, o time do Rio pressionou mais, enquanto o Vitória tinha como arma a tradicional ligação direta para Marinho na ponta direita. Os primeiros 20 minutos foram truncados. Scarpa pelo lado do Flu e Marinho pelo Vitória, eram parados com muitas faltas.
Mais incisivo, o Fluminense criou as melhores chances, três delas entre os 15 e 28 minutos. A primeira numa ligação direta do goleiro Julio Cesar para Wellington que contou com falha bisonha de Diego Renan e terminou em chute perigoso de Cicero. A segunda num ataque puxado por Wellington Silva que o próprio lateral chutou para defesa do goleiro Fernando Miguel, que pouco depois fez bela defesa em cabeçada de Wellington.
O Vitória só assustava na bola parada. Como o Fluminense estava exagerando nas faltas próximas à área, acabou sendo punido aos 30 minutos. Uma falta na esquerda resultou num chuveirinho de Marinho. O volante Marcelo roçou de cabeça para fazer Vitória 1 a 0. Uma injustiça.
Para sorte do Fluminense, logo veio o gol de empate. Graças a um erro da arbitragem. O zagueiro Victor Ramos segurou Richarlison quase um metro fora da área. Mas o lateral do Fluminense caiu dentro e o árbitro Nielson Nogueira Dias, ratificando a marcação errada do assistente Bruno Cesar Chaves, assinalou pênalti que Richarlison cobrou e empatou.
No minuto seguinte o Vitória quase conseguiu o empate num gol que seria ilegal (Kanu totalmente impedido chutou em cima do goleiro Julio Cesar). Aos 47, Wellington Silva cruzou na medida para Cícero. Cabeçada e virada merecidíssima do Flu.
Na etapa final, o Fluminense voltou sem Giovanni. O lateral-esquerdo sentiu tonteira após levar uma cotovelada na cabeça e seguiu para o hospital. Marquinho o substituiu, mas quem passou a jogar na lateral foi Douglas. Isso deixou o Fluminense mais vulnerável, o que fez o segundo tempo ser bastante movimentado, pois se o Flu chegava ao ataque - principalmente em contra-ataques - o Vitória passou a pressionar muito pelo setor direito, com Marinho, criando ótimas chances para empatar, sempre apostando em chuveirinhos e dando trabalho para o goleiro Julio Cesar.
O Fluminense só queria saber de segurar o resultado. Acabou punido aos 42. Uma grande jogada de Euller ficou nos pés de Marinho, que limpou a marcação e bateu para empatar. A Libertadores está mais longe para o Fluzão e a torcida, que apoiou o time até levar o gol do empate, vaiou a equipe, que foi medrosa na etapa final e não mereceu a vitória, embora quase tenha conseguido no último lance, numa bicicleta de Cícero.
Para o Vitória ficou uma certeza: o time depende demais de Marinho. Ele ficou de fora nas últimas quatro rodadas. Foram quatro derrotas. Voltou e levou o Rubro-Negro a um resultado relevante.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 2 X 2 VITÓRIA
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data-hora: 28/10/2016 - 19h30min
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)
Auxiliares: Marcelino Castro e Bruno Cesar Chaves (PE)
Cartões amarelos: Pierre, Gum, Douglas (FLU) Victor Ramos, Marcelo (VIT)
Cartões vermelhos: -
Renda e público: R$ 589.330,00/17.250 pagantes
Gols: Marcelo, 30'/1ºT (0-1), Richarlison, pênalti, 36'/1ºT (1-1), Cícero, 47'/1ºT (2-1), Marinho, 42'/2ºT (2-2)
FLUMINENSE: Júlio César; Wellington Silva, Gum, Henrique e Giovanni (Marquinho, Intervalo); Pierre, Douglas, Cícero e Gustavo Scarpa; Wellington (Marcos Junior, 25'/2ºT) e Richarlison (Magno Alves, 27'/2ºT)- TEC: Levir Culpi
VITÓRIA: Fernando Miguel; Diego Renan, Kanu, Victor Ramos e Euller; Amaral (David, 13'/2ºT), Willian Farias, Marcelo (Tiago Real, 33'/2ºT) e Cárdenas (Serginho, 23'/2ºT); Marinho e Kieza - TEC: Argel Fucks
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