HISTÓRIA! Mané Garrincha já defendeu o Junior Barranquilla-COL, adversário do Atlético-PR
Lance! conversou com um jogador que atuou ao lado de Mané Garrincha no Junior Barranquilla-COL, em 1968
Um dos principais nomes da história do futebol, Mané Garrincha tem passagens marcantes com as camisas da Seleção Brasileira e do Botafogo. No entanto, o jogador já defendeu outros clubes e um de forma meteórica: o Junior Barranquilla-COL. Em 1968, o Anjo das Pernas Tortas desembarcou na Colômbia em uma aventura que durou apenas uma partida oficial.
Para relembrar a passagem, o LANCE! entrou em contato com um jogador que atuou ao lado de Mané Garrincha pelo Junior Barranquilla-COL. Trata-se do ex-zagueiro/ lateral Carlos "Papi" Peña, que jogou no clube entre 1966 e 1972.
- O Garrincha não quis firmar nenhum contrato. Ele recebia por partida disputada. Não sei a quantidade que ele cobrou. Sei que ele ficou um mês treinando com a gente. O nosso técnico era o uruguaio Luis Miloc - relembra.
Mas a passagem de Mané Garrincha pela Colômbia não era à toa. Ele queria acompanhar a esposa, que iria fazer uma temporada de apresentações em terras colombianas. O Junior Barranquilla observou aí a boa possibilidade de contratá-lo e apresentou a proposta, que foi aceita.
- E lembro que a Elza Soares, que era a sua companheira sentimental, iria se apresentar em diversos bares em Barranquilla e em Cartagena. Por isso ele entrou em acordo para jogar no Junior - aponta Peña.
Mas tudo isso durou pouco. Aproximadamente um mês e precisamente uma partida: Junior Barranquilla 2x3 Santa Fé. Apesar de não ter marcado um gol e de ter saído derrotado, Garrincha deixou uma boa impressão para os ex-companheiros.
- Para mim foi uma grande satisfação estar com o Garrincha. Para mim foi uma honra jogar a única partida que ele disputou com a nossa camisa, foi contra o Santa Fé e perdemos por 3 a 2. Eu lembro que ele foi um dos destaques da partida, mas perdemos muitos gols - recorda.
- Logo depois desta partida, aproximadamente uma semana a mais, o Garrincha foi embora e não atuou mais pelo Junior Barranquilla e nem por qualquer outro clube da Colômbia - complementa Peña.
Em relatos históricos, como o livro Estrela Solitária, escrito por Ruy Castro, a a visão é um pouco diferente, devido ao declínio físico do jogador. "Uma semana depois de sua chegada, o Atletico Junior mandou-o embora. A torcida queria agredi-lo à saída do estádio depois do primeiro e único jogo”.