Maior ídolo da história? Marcos encerra carreira, mas deve seguir no Paraná
Goleiro de 41 anos se despediu dos gramados no final de semana e se emocionou. Após as férias, o ídolo paranista tende a ter um cargo no Tricolor.
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O empate por 1 a 1 no último sábado diante do Boa Esporte, no Couto Pereira, foi a despedida do goleiro Marcos dos gramados. O arqueiro do Paraná, de 41 anos, decidiu se aposentar após o time paranaense conquistar o tão sonhado acesso à Série A. Torcedor do clube, o atleta é visto como um dos maiores ídolos da história. Para muitos, o maior.
Com 367 jogos com a camisa paranista, ele é o jogador que mais vestiu a camisa azul, vermelha e branca. Na última rodada da Série B, a emoção tomou conta de Marcos, que foi saudado pelos mais de 37 mil presentes o tempo todo. Desde o aquecimento, passando pelo jogo e a falha no gol do adversário, e finalizando com a volta olímpica - ainda recebeu uma placa em homenagem pelo tempo de dedicação a equipe paranaense, que foi a única brasileira em que ele atuou.
- Eu já chorei um monte, mas estou realizado.Se fosse para escolher um momento, não conseguiria imaginar uma coisa tão linda como essa. Meu sonho era colocar o Paraná na Série A. Esse grupo é fantástico, mas o principal foi a torcida, que nos apoiou. Nós fomos o melhor mandante do Brasil neste ano e foram graças a eles que a gente conseguiu - declarou.
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Revelado nas categorias de base do Tricolor, o goleiro estreou em 1997 pelo Campeonato Paranaense e conquistou o título paranaense daquele ano. Três anos depois já era o titular da meta na conquista do Módulo Amarelo da Copa João Havelange, correspondente à Segundona do Brasileirão. Em 2002, o arqueiro transferiu-se para Portugal, onde jogou por dez anos, entre Marítimo, Sporting Braga e Feirense.
Marcos voltou à sua casa há quatro anos, dividindo o tempo entre titularidade (2014, 2015 e 2016) e reserva (2013 e 2017). Nesta temporada, por conta de seguidas lesões, pouco atuou: apenas cinco confrontos (2 pelo Estadual, 2 pela Série B e 1 pela Primeira Liga). Mesmo assim, ele teve papel fundamental no dia a dia, passando experiência e tranquilidade ao grupo, principalmente aos seus colegas goleiros.
- Depois da minha volta, passamos por cinco anos muito difíceis. Com muita luta e apoio dos torcedores, conseguimos o acesso. Daqui para frente, vamos trabalhar para dar mais glória para essa torcida - afirmou o arqueiro, que já chegou a ficar 10 meses sem receber em um dos momentos de crise financeira do clube.
Agora, o seu futuro ainda é incerto. A certeza, entretanto, é que seguirá no seu time de coração. A diretoria já fez uma proposta para o agora ex-jogador ter um cargo em qualquer lugar que se sentir a vontade de trabalhar.
- É uma decisão muito difícil. Por mais que a gente tente se preparar, falar com ex-atletas, que contaram que a hora que ela chega dá um frio na barriga e um medo do desconhecido, de saber o que a gente vai fazer depois. Eles dizem que é importante ter uma meta, mas vou confessar que ainda não pensei. Eles me colocaram que posso fazer o que quiser, seja trabalhar nas categorias de base, na comissão técnica, parte da direção.Fico feliz com o reconhecimento, então alguma coisa a gente vai fazer. Deixa eu acabar o ano, sair de férias e pensar no que vou fazer - finalizou Marcos.
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