Em pé. É assim que o Paraná acredita que foi eliminado pelo Atlético-PR na semifinal do Campeonato Paranaense neste domingo, na Vila Capanema. O Tricolor, apesar do revés nos pênaltis, valorizou a atuação no Estadual e admitiu certa frustração por não chegar à final.
Com a melhor campanha da primeira fase, o time paranista surpreendeu e perdeu a liderança no desempenho geral somente na fase mata-mata para o Coritiba. Sem chegar à semifinal há oito anos, a equipe deu trabalho e, nos clássicos contra o Furacão, perdeu uma e ganhou outra, no tempo normal. Nas penalidades, por outro lado, a derrota por 4 a 2 evitou a finalíssima que não vem desde 2007.
- É até difícil a gente falar alguma coisa, a nossa torcida merecia isso. Desde o começo a gente batalhou para chegar na final. Nosso objetivo principal é a Série B e temos que focar agora nas competições que temos - comentou Marcos, capitão e ídolo dos torcedores.
O técnico Claudinei Oliveira mostrou claro abatimento na coletiva de imprensa após o clássico. O comandante paranista comentou que o vestiário estava muito triste por ficar tão perto de chegar à decisão.
- Estamos desolados, a frustração é total, minha e dos atletas. Fizemos bela campanha, um bom jogo hoje. Tivemos uma campanha melhor e acreditávamos em fazer valer no mata-mata. Eles foram competentes nos pênaltis e estão na final - afirmou.
O treinador do Paraná ainda fez questão de valorizar a torcida, que esteve presente em bom número na Vila e, mesmo com a eliminação, aplaudiu os jogadores e a comissão técnica. A média no Estadual até o duelo deste domingo era de 6.965 pagantes por jogo, superior aos anos seguintes, que ficavam perto dos 3 mil torcedores.
- Eles ganham um monte e não jogam nada - cutuca dirigente paranista
- O fundamental da campanha foi a sinceridade da diretoria com a torcida. O elenco era enxuto, tivemos dificuldades e os torcedores acreditaram. Eles abraçaram a ideia e compareçam bem durante a competição. No fim, eles aplaudiram nossos atletas por tudo que viram no campeonato - completou.
Já o dirigente Durval Lara Ribeiro foi por outro caminho e quis provocar o adversário. Vavá, como é conhecido, falou que sofreu demais para eliminar o clube mesmo tendo uma verba bem maior. Enquanto o Tricolor recebe R$ 900 mil de cota, o Atlético-PR recebe R$ 2 milhões - fora o faturamento maior em outros quesitos.
- Caímos de pé. Eles têm uma folha de R$ 3 milhões e nós de R$ 300 mil, era obrigação de passarem por nós. Fomos melhores na segunda partida e não passamos por pouco. Eles ganham um monte e não jogam nada - finalizou.