Apesar da derrota por 2 a 1 para o Foz do Iguaçu neste domingo, na Vila Capanema, o Paraná garantiu vaga na semifinal do Campeonato Paranaense de 2016. A classificação para essa fase do Estadual não acontecia desde 2008.
Acostumado a títulos nos anos 90, o Tricolor entrou no novo século ainda forte e disputando as fases finais da competição. Em 2006, a equipe foi campeã paranaense ao encerrar um jejum de nove anos sem levantar a taça.
No ano seguinte, novamente foi à final, mas perdeu para o Paranavaí por 1 a 0 na ida e apenas empatou em casa por 0 a 0, desperdiçando o bicampeonato. Depois, em 2008, caiu na semifinal para o Coritiba com duas derrotas: 1 a 0 no Durival Britto e Silva e 2 a 0 no Estádio Couto Pereira.
A partir daí, o Paraná passou a ser coadjuvante no Paranaense. O clube da capital não passou mais das quartas de final e isso quando chegava nessa fase. Em 2011, o pior aconteceu: chegou a ser rebaixado para a Divisão de Acesso do torneio, no maior vexame da história.
Já em 2016, mesmo desacreditado, o Tricolor só não liderou o Estadual em duas rodadas. Terminou na primeira colocação geral, com 21 pontos e ganhou a partida de ida diante do Foz por 3 a 0, ao natural. Neste domingo, entretanto, alegou cansaço pelo revés que, mesmo assim, classificou para a fase seguinte.
Apesar da classificação, o torcedor presente na Vila Capanema não gostou do que viu. A torcida pegou no pé dos jogadores na saída de campo e pediu maior comprometimento da equipe.
- O torcedor não precisa ter noção de fisiologia, então a gente entende a revolta de alguns, a insatisfação deles. Mas uma coisa não aceito: eu saindo, e o cara vem falar "os caras são vagabundos". Não tem vagabundo. Os caras trabalharam muito, os caras jogaram. Eles poderiam ficar. O Nadson jogou pra caramba. Cada um poderia tirar o seu da reta e deixar os meninos resolverem. Então, ninguém fez isso. Agradeço os jogadores, como fiz no vestiário, por colocar o Paraná em uma situação que, desde 2007, ele não se encontrava - comentou o técnico Claudinei de Oliveira.
O volante Jean, cria das categorias de base e torcedor assumido do Paraná, não concordou com as críticas. O meio-campista pediu para que a torcida paranista dê um voto de confiança e apoie o time na semifinal.
- Somos seres humanos também, temos o desgaste e vamos para a semifinal com cabeça erguida e como time grande que somos. Estamos na próxima fase e quanto tempo não estávamos na semi? - completou.
Garantido na próxima fase, o Paraná aguarda o vencedor de Atlético-PR e Londrina, que se enfrentam neste domingo, às 16h, na Arena da Baixada. O primeiro jogo terminou empatado por 1 a 1.
Confira o retrospecto desde 2008:
2008: semifinais
2009*: 5º
2010*: 4º
2011*: rebaixado
2012: promovido
2013*: 4º
2014: quartas de final
2015: quartas de final
* Não teve disputa mata-mata nos moldes do regulamento do Campeonato Paranaense de 2016.