As reformulações iniciadas no departamento de futebol do Paraná tiveram três baixas nesta semana. Os ex-jogadores Tcheco e Ageu, além do profissional Rodrigo Pastana, que estavam nos planos do clube paranaense, não ficarão no clube para 2017. Tudo voltou à estaca zero.
A reportagem do Lance! apurou as informações com os envolvidos nesta quinta-feira. Tcheco, que assumiria a gerência de futebol, admitiu que, nos detalhes finais, voltou atrás na decisão de aceitar o cargo.
- Estávamos conversando e acertando questões de trabalho , mas não chegamos num acordo - afirmou.
Já Pastana, que se desligou do Guarani após conseguir o vice-campeonato da Série C, também passou pela mesma situação. O executivo de futebol não entrou em consenso com a direção paranista sobre o planejamento para a próxima temporada.
A contratação de ambos foi adiantada pelo L! na última rodada do Campeonato Brasileiro, na derrota por 2 a 1 para o Tupi - os dois estiveram na Vila Capanema acompanhando o confronto. Hélcio Alisk, gerente de futebol, teve seu desligamento oficializado no mesmo dia.
Por fim, o auxiliar-técnico Ageu não renovou seu vínculo. Contratado no fim de setembro, junto com a chegada do então técnico Roberto Fernandes, já demitido, o ex-zagueiro do Paraná fez parte da comissão técnica até o final da Série B, prazo do seu contrato. Com discordâncias em relação a direção, ele decidiu não continuar a princípio. Antes, o auxiliar foi bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, em 2013 e 2014, e da Copa do Brasil com o Palmeiras, em 2015, ao lado de Marcelo Oliveira.
- Meu contrato venceu dia 26 (de novembro). Estou esperando um contato. Estou tranquilo e esperando uma proposta - declarou.
A reportagem tentou contato com o presidente Leonardo Oliveira, mas não foi atendida. A assessoria de imprensa, até o fechamento da matéria, também não se pronunciou. O clube trabalha para tentar convencê-los a ficar.
Salários atrasados
Além de ter que resolver a desistência dos profissionais, o Paraná está com problemas salariais no elenco. A promessa da direção de deixar tudo em dia não foi cumprida, com o vazamento explodindo nesta semana.
De acordo com o jornal Gazeta do Povo, o Tricolor deve dois meses de atraso no pagamento de direitos de imagens — que representam até 80% da remuneração mensal em alguns casos. Os vencimentos em carteira também completam dois meses sem pagamento daqui quatro dias.
Como se não bastasse o atraso, a diretoria ainda fez o adiantamento de salários para apenas um grupo de jogadores, em detrimento dos demais atletas, o que causou revolta dentro do grupo.