Escrito por Lance!
O Fluminense afirma ter contrato com o consórcio do Maracanã. O Vasco diz que a tradição do estádio tem de ser respeitada. É possível resumir a briga pelo lado direito dos camarotes e cabines de rádio em duas linhas, mas o contexto leva a discussão muito além. Faltam pouco mais de 24h para a final da Taça Guanabara, neste domingo, às 17h, e não se sabe qual torcida ficará ocupando o setor sul do estádio. O LANCE! explica a confusão e o passo a passo dos argumentos de todos os lados.
O QUE DIZ O FLUMINENSE?
O Fluminense se baseia no contrato que tem com o Consórcio Maracanã que determina que, em qualquer partida que o Tricolor esteja envolvido, a torcida ocupe o lado direito dos camarotes e cabines de rádio. Além disso, a Justiça determinou que o contrato seja cumprido através de uma liminar expedida na última sexta-feira.
O QUE DIZ O VASCO?
O Vasco afirma que decidiu mandar a a final no Maracanã porque teve a garantia da Ferj e do Consórcio de que poderia ocupar o setor sul do Maracanã. Caso contrário levaria o duelo para São Januário ou para o Nilton Santos. Além disso, afirma que já comercializou mais de 20 mil ingressos para o local e que decisão judicial não pode ser cumprida.
O QUE DIZ A FERJ?
A FERJ diz que a escolha do mando foi feita em sorteio, com a presença de representantes dos clubes que disputaram a semifinal, e quem saísse vencedor de Vasco x Resende seria o mandante na final. Assim, os mandantes ficam com os direitos e deveres das escolhas de decisão. Além disso, afirma que o cuidado com a segurança e o respeito ao torcedor devem ser mantidos.
O QUE DIZ O MARACANÃ?
O Maracanã informa que apresentou, no dia 15/02/19, uma petição ao Juiz da 37a Vara Cível informando que a concessionária que administra o estádio está cumprindo a decisão, tendo comunicando imediatamente ao Vasco, mandante da partida, para providências com relação à venda dos ingressos do setor sul à torcida do Fluminense.
COMO SURGIU A RIVALIDADE?
Fluminense e Vasco duelam pelo setor desde a reabertura do estádio após as obras para a Copa do Mundo. O Tricolor assinou contrato com a Odebrecht, que administra o local, e entende que, por conta disso, tem o direito de escolha em relação ao posicionamento de sua torcida. Já o Cruzmaltino levanta a questão da tradição, uma vez que o clube conquistou o direito de escolher o lado direito após ter se sagrado o primeiro campeão do Maracanã, em 1950.
PROVOCAÇÕES DE AMBOS OS LADOS
A polêmica teve início na reabertura do Maracanã, em 2013. A torcida do Fluminense fez um mosaico com a frase “É o destino”, relembrando uma música cantada na década de 80, provocando por ficar ao lado direito do estádio. Entretanto, o Vasco venceu a partida por 3 a 1 e foi a vez da torcida cruz-maltina cantar músicas usando o termo para fazer piada com a situação;.