O Botafogo viaja para o Paraguai nesta terça-feira, em voo fretado, e leva bons motivos para crer no triunfo diante do Sol América na bagagem. Pela Copa Sul-Americana, o duelo de ida da segunda fase será realizado às 19h15 (de Brasília) desta quarta, em Villa Elisa - que fica a cerca de 8 km da capital Assunção.
Por mais que tenha perdido na última rodada do Brasileiro, o Botafogo nem pensa em desanimar, sobretudo a poucas horas de um duelo tão importante para a sequência da temporada. Abaixo, o LANCE! aponta cinco fatores que indicam que o time de Eduardo Barroca retornará ao Rio com bom resultado.
FASE RECENTE NO CONTINENTE
Um ponto que eleva a confiança do torcedor é que, nas últimas duas temporadas, o retrospecto contra equipes estrangeiras em competições continentais é positivo. Nos últimos sete confrontos de mata-mata, passou por cinco e caiu em dois, ambos diante de brasileiros.
Na Libertadores de 2017, passou por duas fases mata-matas antes da de grupos (contra Colo-Colo e Olimpia) e, nas oitavas, pelo Nacional-URU. Ficou no caminho diante do Grêmio, nas quartas. Já na Sul-Americana do ano passado, o Alvinegro deixou o Audax Italiano e o Nacional-PAR pelo caminho. Caiu para o Bahia, nas oitavas. Agora, é hora de voltar a ir bem contra um clube gringo - na fase inicial deste ano, bom lembrar, foram duas vitórias contra o Defensa y Justicia.
RETROSPECTO DE GATITO
Com 19 jogos nesta temporada, Gatito Fernández tem passado a já naturalizada segurança na meta alvinegra. Além disso, o paraguaio conta com um ótimo retrospecto contra o Sol de América, pouco conhecido por aqui.
A disputar a Copa América, Gatito já se deparou com o Sol em sete ocasiões, em seus tempos de Cerro Porteño: cinco vitórias e dois empates. Ou seja, o camisa 1 nunca perdeu para o adversário desta quarta-feira. Bom sinal.
RIVAL VULNERÁVEL
O Sol de América tem no atacante César Villagra, que está na equipe desde 2015, o seu destaque na atual temporada. No entanto, os gols do artilheiro não têm sido o suficiente.
No Torneio Apertura do Campeonato Paraguaio, encerrado neste fim de semana, o Sol de América teve a pior defesa da competição: foram 43 gols sofridos em 22 jogos. Ao todo, marcou 31 vezes (saldo de -12 gols).
POUCA PRESSÃO
Fundado no dia 22 de março de 1909, o Sol de América, de Assunção, não tradição em torneios continentais, porém já conquistou o título nacional em duas ocasiões (1986 e 1991) - além de ser tricampeão da segunda divisão, em 1965, 1977 e 2006.
O Sol de América manda os seus jogos no Estádio Luis Alfonso Giagni, em Villa Elisa, palco do jogo desta quarta. Chama a atenção o quão acanhado é o local, que tem capacidade para, aproximadamente, 11 mil torcedores. No último jogo, domingo último, os Los Danzarines jogaram em casa e foram derrotados, por 1 a 0, para o Cerro Porteño. Foram registrados apenas 1.095 pagantes.
PREMIAÇÃO IMPORTANTE
Não é novidade para ninguém que o Botafogo passa por um sufoco financeiro. Ainda mais por ter sido eliminado precocemente na Copa do Brasil deste ano (assim como em 2018), o Alvinegro necessita da vaga para assegurar os 375 mil dólares (R$ 1.537.000) de premiação e chegar às oitavas - cuja meta está sinalizada no orçamento do clube para 2019.
As premiações serão essenciais para que o Botafogo consiga arcar com os seus compromissos salariais. Cabe destacar que o jogo da volta será realizado no dia 29 de maio, no Nilton Santos.