O Vasco está na final do Campeonato Carioca. Diante de um Bangu com uma estratégia definida e bem postado o campo, o Cruz-Maltino até sofreu em alguns momentos, mas superou as desvantagens, confirmando a vitória por 2 a 1 e, por consequência, a vaga na decisão do Estadual, para duelar contra o Flamengo, que eliminou o Fluminense.
Após um primeiro tempo irregular e de nenhuma chance criada, a equipe comandada por Alberto Valentim contou com a bola parada e o VAR para abrir o placar no começo do segundo tempo e, a partir disso, dominar o jogo. O LANCE! analisa a atuação do Cruz-Maltino no Maracanã.
DIFICULDADE PARA SAIR DA PRESSÃO
O primeiro tempo do Vasco foi ruim. O Cruz-Maltino encontrou dificuldade para se livrar da marcação do Bangu, que avançou os jogadores para incomodar a saída de bola desde o campo ofensivo. A equipe comandada por Alberto Valentim não criou chances reais de gol e viu o Alvirrubro assustar Fernando Miguel em, pelo menos, duas oportunidades de contra-ataque.
O Vasco pouco produziu por conta dessa marcação do Bangu. Os volantes Felipe Dias e Marcos Junior não deram liberdade no meio, enquanto Yaya Banhoro acompanhou Danilo Barcelos a todo momento. Com os principais nomes sendo marcados, o Cruz-Maltino não assustou.
GOL ANIMADOR
A melhor maneira de espantar algo ruim é balançando as redes. E isso ocorreu com o Vasco no Maracanã. Após o segundo tempo abaixo da média e as reclamações da torcida, o Cruz-Maltino abriu o placar logo com sete minutos da etapa complementar, com o VAR entrando em cena e marcando um pênalti após um puxão em Lucas Mineiro dentro da área, em uma cobrança de escanteio.
Bruno César cobrou o pênalti, marcou o gol e tirou um peso das costas dos jogadores do Vasco, que, com o placar aberto, melhoraram na partida. A equipe de Alberto Valentim, após isso, evoluiu em todos os aspectos, apesar de o Bangu ter empatado poucos minutos depois, com Yaya Banhoro, em contra-ataque.
VAIADO E ARTILHEIRO
Após a saída de Rossi, lesionado, ainda no primeiro tempo, Alberto Valentim promoveu a entrada de Yan Sasse em campo. O camisa 20 e o treinador logo foram muito vaiados pela torcida, que criticaram a mudança, já que o meia não apresentava muito tempo de jogo ultimamente.
Apesar das críticas, Yan Sasse foi fundamental para o resultado. O atleta ocupou o lado direito e sempre buscava o meio em um movimento diagonal. Foi justamente com essa movimentação que o camisa 20 balançou as redes, dominando nos flancos gramados, partindo para dentro, driblando o zagueiro e completando com um chute forte para o fundo das redes.
EVOLUÇÃO
Após o gol de Yan Sasse, o Vasco melhorou de vez e não deu oportunidade para o Alvirrubro empatar novamente. Por conta da necessidade de vencer, o Bangu se lançou ao ataque - e até chegou a criar boas jogadas, mas a defesa do Cruz-Maltino se segurou bem - e ofereceu espaços ao Gigante da Colina.
Com o sistema defensivo dando conta do recado e parando os avanços rápidos de Yaya Banhoro e Jairinho, o Vasco passou a dominar o meio-campo e, por consequência, a partida. O segundo tempo, portanto, mostrou uma equipe totalmente diferente em relação a que esteve em campo nos 45 minutos iniciais.
DAVA PARA TER SIDO MAIOR
A partir desse espaços dados pela defesa do Bangu, o Vasco teve campo para avançar e criar chances a partir de contra-ataques. Esse tipo de situação tornou-se comum, já que o Bangu ia, já sem muita organização, ao campo ofensivo, mas o Cruz-Maltino não conseguiu aproveitar, desperdiçando, pelo menos, duas oportunidades claras para marcar gols.
Essa situação vem até sendo comum no clube de São Januário na temporada. Em toda partida, o Vasco desperdiça muitas oportunidades de contra-ataque, muitas delas em superioridade numérica. Dessa vez, não fez falta, mas, no futuro, o desfecho pode ser diferente.