Botafogo não cria e é envolvido pela intensidade do Grêmio em goleada
Em Porto Alegre, Alvinegro sofre com a intensidade da marcação do Tricolor e não consegue sair do próprio campo durante boa parte da partida; LANCE! analisa
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O Botafogo foi dominado pelo Grêmio e sai de Porto Alegre com uma goleada. A equipe comandada por Alberto Valentim foi superada por 3 a 0 na Arena do Grêmio, em partida válida pela 28ª rodada do Brasileirão, e estagnou na 13ª posição, com 33 pontos.
Dentro de campo, o Glorioso teve dificuldades para criar, principalmente dentro do contexto exercido pela pressão alta do Grêmio. Os passes do time de Alberto Valentim não deram certo e o Imortal, apostando em uma marcação alta, dominou a partida e construiu um placar digno daquilo que foi a partida. O LANCE! analisa a atuação do Alvinegro.
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COMEÇO PAVOROSO
Alberto Valentim apostou na manutenção da equipe que venceu o CSA por 2 a 1, com Carli entrando no lugar de Marcelo Benevenuto por razões de lesão. Em campo, o Botafogo teve 15 minutos iniciais de pane. O primeiro terço de jogo foi marcado por um tom e ele foi tricolor. O Grêmio ditou o ritmo da partida: pressionava a saída de bola do Alvinegro, que não saiu do próprio campo e mal trocava três passes seguidos em direção da segunda metade do gramado.
Não à toa, o Grêmio abriu o placar cedo, justamente no melhor momento do time de Renato Gaúcho na partida. Luciano encontrou Maicon, que aproveitou uma falha de posicionamento de Joel Carli, para estufar as redes de Gatito. O placar, de fato, traduzia a superioridade gremista no preocupante começo do jogo do Botafogo.
EVOLUÇÃO AOS POUCOS
O Botafogo, dentro de suas limitações, cresceu na metade do primeiro tempo. Com a vantagem no placar e o natural cansaço físico, o Grêmio abriu mão de parte da intensidade na marcação e o Alvinegro, naturalmente, teve mais espaços e oportunidades para jogar.
A equipe de Alberto Valentim teve chances de empatar, mas parou em Paulo Victor que fez, pelo menos, duas importantes intervenções - uma em chute de Diego Souza e a outra em cabeçada de Gabriel - para evitar o gol do Alvinegro. O Glorioso terminou a primeira etapa jogando bem e com a esperança de que era possível bater de frente, muito por conta de um ataque mais fluido e do aproveitamento nas jogadas de bolas paradas.
VOLTE DUAS CASAS...
Se o primeiro tempo terminou com uma pequena luz de que havia chance de ir atrás do empate, o começo da etapa complementar apagou completamente tal possibilidade. Assim como nos primeiros instantes dos 45 minutos iniciais, o Grêmio voltou com uma intensidade em outro nível e a partida era desnivelada neste sentido.
O Botafogo assistia ao Grêmio jogar. Sem respostas à marcação alta da equipe de Renato Gaúcho, a solução de Alberto Valentim era se livrar da bola por meio de chutões. O Tricolor logo recuperava a posse e chegava ao campo de ataque com poucos toques. A partida, em certo momento, entrou em uma sequência de repetição destes fatores.
FECHOU O CAIXÃO
Com a facilidade para chegar ao campo ofensivo, não demorou para o Grêmio achar novos gols. O Tricolor apostava em jogadas rápidas de superioridade numérica, geradas principalmente após roubadas de bola no meio-campo, e o Botafogo limitou-se a defender. Em dois destes lances, não conseguiu.
Tanto Thaciano quanto Everton, autores dos gols do Grêmio no segundo tempo, tiveram apenas o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes. As construções das jogadas, porém, foram parecidas: tramas em velocidade, aproveitando a defesa bagunçada do Alvinegro, em passes rápidos. No fim, o 3 a 0 traduziu a superioridade dos mandantes.
ATUAÇÃO PARA ESQUECER
Depois de duas partidas mostrando certa evolução - mesmo que ainda em pouca intensidade -, o Botafogo estagnou. No primeiro tempo, principalmente, a equipe teve oportunidades de contra-ataques, mas a escolha de passes foi errada. Quando era para acelerar e buscar uma jogada mais esticada, os atletas voltavam a posse para os zagueiros. Era um prato cheio para a defesa do Grêmio se recompor e oferecer dificuldade para o Glorioso voltar ao ataque.
O balanço de Porto Alegre é negativo. O Botafogo foi dominado e a distância para a zona de rebaixamento - que era de cinco pontos antes de a 28ª rodada começar - diminuiu um ponto. A partida contra o Cruzeiro, primeiro time no Z4, na próxima quinta-feira, no Estádio Nilton Santos, portanto, será um duelo direto contra a degola e o futuro do Alvinegro no Campeonato Brasileiro.
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