O primeiro jogo da segunda "era Alberto Valentim" no Botafogo não teve um final feliz. Em São Januário, o Alvinegro foi derrotado pelo Vasco, que, com diferentes estratégias durante a partida, buscou envolver o time de General Severiano. O Glorioso mostrou velhos problemas no sentido da criação de chances com a bola no pé. O LANCE! mostra pontos marcantes da atuação da equipe.
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COMEÇO PREOCUPANTE
Diante da torcida, em São Januário, o Vasco começou o jogo se impondo. A equipe de Vanderlei Luxemburgo adotou um estilo de jogo baseado na pressão ao jogador com a bola. Era possível ver, pelo menos, três atletas do Cruzmaltino marcando as linhas de passes do adversário, o que dificultou qualquer tipo de avanço por parte do Botafogo.
Com a pressão, o Vasco atacava basicamente nas costas da defesa do Botafogo, que, mais uma vez, teve dificuldade para marcar a entrada da área, local de onde surgiram os gols de Bruno Gomes - com um chute que desviou em João Paulo e enganou Cavalieri - e Ribamar, com liberdade para sair da esquerda para o meio e fuzilar de canhota.
LUZ!
No pior momento do Botafogo na partida, a equipe marcou seu gol. Após escanteio batido por Marcinho, Marcelo Benevenuto subiu mais alto que todo mundo para diminuir a contagem. O gol foi bom para o Alvinegro que, a partir disso, teve mais presença no ataque e ficou perto de diminuir, mas uma perigosa cabeçada de Cícero parou em defesa de Fernando Miguel.
O time de Alberto Valentim "acordou" com o gol, apareceu com mais frequência no ataque, mas ainda esteve distante de uma evolução ofensiva, principalmente com jogadas envolvendo os pontas. A intensa marcação do Vasco continuou dificultando a vida do Alvinegro, que terminou o primeiro tempo melhor do que começou.
ANTIGA HISTÓRIA
O primeiro tempo terminou relativamente bem para o Botafogo, com a equipe pressionando em busca do gol de empate, mas o ímpeto parou. No retorno do segundo tempo, a equipe conviveu com um problema que vem sendo recorrente durante toda a temporada: a falta de objetividade.
Apesar da mudança de treinador, a dificuldade para aproveitar a bola no pé continuou aparecendo. O Vasco adotou uma linha de marcação mais baixa e "obrigou" o Alvinegro a ter a posse, trazendo à tona a principal barreira do ataque do clube de General Severiano.
PRESENÇA IMPORTANTE
Com o resultado a seu favor, o Vasco chamou o Botafogo para o campo e, com as dificuldades de criação do adversário, aumentou a marcação na sua própria metade do gramado. A intenção de Luxemburgo era explorar os espaços deixados pelos defensores do Alvinegro nas pontas.
Apesar de não ter feito outro gol - Gabriel Pec até balançou as redes, mas estava impedido -, o Vasco teve oportunidades claras para aumentar a contagem. Neste sentido, um jogador foi importante para manter a chama do empate viva no Botafogo: Diego Cavalieri. Substituto de Gatito Fernández, poupado após os compromissos com a seleção paraguaia, o camisa 12 fez, no mínimo, duas boas defesas e provou, novamente, que é um atleta de confiança no elenco.
ATÉ TENTOU, MAS...
O Botafogo voltou a conviver com lesões durante a partida. Gabriel e Rodrigo Pimpão deixaram o campo para as entradas de, respectivamente, Kanu e Leo Valencia. A primeira substituição foi uma natural troca de posição por posição; a segunda, uma tentativa na busca pela melhora do time no ataque. Com o chileno, a intenção de Valentim era melhorar o controle de bola e, consequentemente, oferecer mais perigo.
Na segunda metade da etapa complementar, o Botafogo até atacou mais. Seja por meio de bolas diretas para Diego Souza, que até criou boas tramas jogando de costas, ou por meio de jogadas nas bolas aéreas, o Alvinegro ocupou mais o campo ofensivo. A tentativa pela busca do empate, porém, ficou apenas no quase. Alberto Valentim reestreou no time de General Severiano com derrota.