Cinco fatores marcantes na estreia de Barroca e do Botafogo no Brasileiro
Equipe alvinegra comandada por um novo treinador, Eduardo Barroca, externou uma evolução tática e de postura, mas viu o São Paulo ser mais efetivo e vencer, no Morumbi
Pressionado e com um novo comando técnico, o Botafogo foi ao Morumbi neste sábado, na abertura do Campeonato Brasil, teve uma boa atuação, porém sucumbiu às investidas do São Paulo, vencedor por 2 a 0 no placar.
O São Paulo construiu o placar com um gol em cada tempo, mesmo sendo dominado quanto à posse de bola em quase toda a partida. O LANCE! destaca cinco fatores que marcaram a primeira partida de Eduardo Barroca como técnico dos profissionais do Alvinegro. Confira:
INTENSIDADE NA MARCAÇÃO, MAS...
Os primeiros minutos deixaram a postura pedida por Eduardo Barroca em evidência. A equipe alvinegra abafou a saída de bola do São Paulo, que, no início, quase não contou com a participação de seus volantes, e foi agressiva na marcação, evitando que o Tricolor chegasse ao campo de ataque.
Até pela intensidade ter sido acima da média nesta temporada, o Botafogo viu a sua estratégia ser comprometida ainda com 22 minutos da etapa inicial, quando três jogadores importantes para a recomposição foram amarelados: João Paulo, Jonathan e Rodrigo Pimpão. Os dois últimos, sobretudo pela exploração dos rivais com Antony, tiveram que tirar o pé logo cedo.
POSSE, SIM; EFETIVIDADE, NÃO
No estilo de Barroca, o Botafogo entrou em campo com a mentalidade de ter a posse de bola, controlar o ritmo e dominar as ações, mesmo fora de casa. No primeiro tempo, quando o placar ainda estava zerado, o São Paulo marcou alto, complicou a estratégia alvinegra e, quando equilibrou no volume, chegou ao gol após jogada de Antony e vacilo da zaga visitante.
No segundo tempo, o Alvinegro teve ainda mais a bola nos pés, porém não contou com um fator, como na etapa inicial: a efetividade na fase ofensiva. Erik, como falso 9, não conseguiu fazer a parede, e não houve oportunidade para criar perto da área ou de jogadas mais agudas.
MUDANÇA DE ESQUEMA
Com cerca de 20 minutos da etapa final, Barroca optou por acionar Luiz Fernando e tirar Wenderson, que fazia a função de segundo homem no meio. Com isso, Cícero passou a ficar mais posicionado ao lado de Bochecha, e Luiz foi fazer a ponta esquerda, enquanto Pimpão, a direita.
Assim, o comandante estreante abriu mão do 4-1-4-1 inicial e apostou no 4-3-3. Quando a alteração ocorreu, o Botafogo chegou a bater 80% de posse de bola na segunda etapa, na qual o Tricolor não conseguia encaixar um contragolpe. Isso até o Glorioso errar atrás e ficar mais exposto.
EXPOSIÇÃO E DERROTA SACRAMENTADA
O cenário foi alterado na reta final do confronto. O São Paulo investiu em Toró no ataque, o que causou uma vida nova aos mandantes. Barroca entrou com Gustavo Ferrareis e Leo Valencia, e tirou Bochecha e João Paulo, deixando a equipe mais exposta à frente da defesa.
As alterações não surtiram o efeito esperado, tanto que, logo depois, com um desperdício de bola no meio de Erik, o time de Cuca encontrou facilidade e espaço para que Hudson fizesse o segundo, da meia-lua, e sacramentasse a vitória por 2 a 0, com 37 minutos.
DUELOS CASEIROS
Agora, o Botafogo terá três sessões de treinamentos até o próximo confronto, que será contra o Bahia, nesta quinta-feira, no Estádio Nilton Santos. Já no fim de semana que vem, mais um duelo caseiro: diante do Fortaleza, domingo.
Ou seja, o desafio não é pequeno, mas Barroca demonstrou que o trabalho é promissor, mas necessita de resultados a curto prazo, como o próprio técnico já externou. As oportunidades nesta semana serão ideais para criar gordura.