O Athletico-PR não teve dificuldade para vencer o Fluminense, na Arena da Baixada, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Os donos da casa construíram a vitória ainda no primeiro tempo, com gols de Lucho e Rony. Marcelo Cirino fechou a vitória já no fim da partida. A missão ficou ainda mais fácil após a expulsão do volante Airton, aos 34 minutos de jogo. A entrada do jogador como titular foi determinante para que o Tricolor tivesse uma atuação ruim. Sem ritmo, Airton não conseguiu oferecer a intensidade que o time precisou e vinha apresentando nos últimos jogos. A questão física também foi determinante para a derrota.
Erros incomuns
O Fluminense tem por característica sair para o ataque sem chutão, priorizando a posse de bola e a troca de passes. Por conta disso, é natural que os adversários façam pressão na saída de bola. No entanto, diferente dos outros jogos, o Tricolor encontrou muitas dificuldades, acarretando em sucessivos erros de passes, 41 no total, com apenas 290 certos. A título de comparação, na derrota para o Bahia, o Tricolor trocou 603 passes, errando apenas 30. Isso se explica no próximo tópico.
Escalação equivocada
Airton foi titular do Fluminense, situação que não acontecia desde a vitória sobre o Grêmio, fora de casa, por 5 a 4. O volante foi decisivo para a derrota tricolor. Nitidamente sem ritmo de jogo, Airton errou praticamente todas as saídas de bola. Em um desses erros, acabou sendo expulso por cometer falta violenta. Além de estar mal tecnicamente, a presença dele fez com que Allan atuasse um pouco mais adiantado. Com isso, o time perdeu a saída de bola qualificada, que era comum nos jogos recentes.
Fragilidade do lado direito
A comissão técnica do Fluminense poupou alguns jogadores. Dentre eles, o lateral-direito Gilberto, que se destaca bastante quando vai ao ataque, mas deixa a desejar no aspecto defensivo. Em tese, com Igor Julião, o time ficaria mais protegido pelo lado direito. No entanto isso não aconteceu. Os dois gols do Athletico-PR, marcados no primeiro tempo, surgiram de cruzamentos pelo setor de Julião. A cobertura também não funcionou. Yony, que costuma ajudar na marcação pelo setor, não contribuiu tanto como nos outros jogos e isso tem explicação...
Maratona pesou
O Fluminense sentiu bastante a questão física, já que a partida foi a sétima em 21 dias. Essa situação se agravou após a expulsão do volante Airton, que deixou o campo aos 34 minutos do primeiro tempo. O desgaste foi nítido, tanto que Matheus Ferraz e Yony González deixaram o campo por conta de lesões. O zagueiro sofreu um problema no joelho direito e foi substituído ainda no primeiro tempo, enquanto o atacante sentiu o músculo da coxa esquerda, deixando a partida na reta final.
Mudanças não surtiram efeito
Com os problemas físicos de Matheus Ferraz e Yony González, o auxiliar-técnico Márcio Araújo, que substituiu Fernando Diniz à beira do campo, foi obrigado a queimar duas substituições. O volante Yuri entrou na zaga e atuou de forma improvisada, mesmo com o zagueiro Frazan sendo opção no banco de reservas. Não comprometeu, mas também não teve tanto destaque. Brenner, que fez a sua estreia com a camisa tricolor substituindo o colombiano, pouco produziu. A única mudança, feita pela própria vontade da comissão técnica, foi a entrada de Guilherme no lugar de Léo Artur. No entanto, o meia, ex-Athletico-PR, pouco foi notado em campo.