Começou devendo, terminou devendo: o que marcou no adeus do Botafogo
O time de Zé não apresentou evolução alguma em relação aos últimos jogos e, diante do Americano, só empatou, com gol sofrido no fim. Veja fatores revelantes do jogo desta tarde
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Na primeira rodada do Campeonato Carioca, o Botafogo perdeu para a Cabofriense. Mal sabia a torcida que a tormenta de péssimos resultados seria a tônica da equipe de Zé Ricardo ao longo da competição. Neste domingo, contra o Americano, pela última rodada da Taça Rio, só empatou em 1 a 1, em Bacaxá - ou seja, não fez a sua parte para o "milagre" do avanço às semifinais ocorrer.
Abaixo, o LANCE! lista cinco fatores que marcaram o novo tropeço do Alvinegro, que encerrou o Cariocão com 13 pontos somados, três vitórias somente e um aproveitamento de 39,3% - na classificação geral.
ESCALAÇÃO REPETIDA
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Zé Ricardo optou por repetir a formação e os jogadores que iniciaram a partida contra a Portuguesa, na qual o Botafogo foi muito pobre na criação e não conseguiu fazer o meio composto por Cícero, Alex Santana e Gustavo Ferrareis - este flutuando na faixa central do ataque - engatar.
Conta o Americano, outro clube que foi para a Seletiva e tem imensas limitações, o time de Zé voltou a ter uma posse de bola infértil, desta vez com Cícero como o meio-campista mais recuado e responsável por ditar o ritmo. Não deu certo novamente, e a torcida presente em Bacaxá protestou bastante.
ATAQUE POUCO PRODUTIVO
Apesar de Rodrigo Pimpão ter feito um bonito gol e ter sido o melhor da fase ofensiva, o ataque alvinegro, composto ainda por Erik e Diego Souza e reforçado por Luiz Fernando na etapa final, não conseguiu incomodar a zaga rival como se esperava.
Erik puxou um bom contra-ataque nos primeiros minutos, porém segue apagado, como nas últimas rodadas, e sem encontrar soluções como vinha ocorrendo em jogadas individuais. Já Diego Souza esteve bem discreto.
RODAGEM PARA JOÃO PAULO
Como o Botafogo não apresentou uma evolução tática e repetiu os erros técnicos das últimas rodadas, da partida desta tarde, dá para pincelar a importância da maior minutagem de João Paulo.
Ainda longe de sua forma física ideal, o meio-campista voltou a atuar por 30 minutos depois de dois meses - só havia jogado um pouco mais contra o Flamengo, ainda pela segunda rodada da Taça Guanabara. Depois do citado clássico, aliás, ele teve uma lesão muscular e, desde então, tem entrado somente nos minutos finais.
INFERNO ASTRAL DE LUIZ FERNANDO
Personagem fundamental em 2018, inclusive na campanha vitoriosa do Carioca, Luiz Fernando aumentou o seu inferno astral em 2019. Acionado com a função de trazer mobilidade e agressividade ao setor esquerdo do ataque, o camisa 17 teve duas boas chances para ir à rede e sacramentar a vitória.
Ambas as oportunidades foram com Luiz com liberdade para finalizar, mas ele furou em uma e se equivocou ao tentar uma cavadinha - que saiu fraca- na outra. No fim, para corroborar com a fase ruim de Luiz Fernando, o Americano empatou o jogo, nos acréscimos. Vai precisar reconquistar a torcida.
TEMPO PARA ENGRENAR
Com a vexatória eliminação do Campeonato Carioca, Zé Ricardo terá uma semana e meia para trabalhar o que vem dando de errado na equipe e encontrar uma formação, sobretudo quanto ao meio-campo, que traga uma identidade e um padrão que dê confiança para o restante da temporada.
O próximo desafio será um duelo de mata-mata, pela terceira fase da Copa do Brasil, contra o Juventude, no Estádio Nilton Santos, dia 4 de abril. Até lá, pressionado pela pífia campanha no Estadual, as cornetas estarão ligadas.
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