Com a possibilidade até de dormir na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, o Botafogo foi ao Serra Dourada para encarar o Goiás, neste domingo, confiante na quarta vitória consecutiva. No entanto, a equipe de Eduardo Barroca decepcionou em campo e saiu derrotada, por 1 a 0 - gol de Kayke.
Do início ao fim, o Glorioso foi pouco efetivo e não criou alternativas, apesar de ter mais a bola nos pés. O LANCE! aponta cinco fatores determinantes para o tropeço pela quinta rodada do Brasileirão, que faz com que o clube estacione nos nove pontos e caia para a sétima colocação. Confira:
LADO DIREITO SOFREU (DE NOVO)
Contra o Fluminense, no último fim de semana, o Botafogo sofreu muito com as investidas de Caio Henrique, sobretudo. O lateral-direito Fernando teve dor de cabeça, tanto que o técnico Eduardo Barroca acionou Yuri no intervalo para mudar o panorama. Até surtiu algum efeito.
Já diante do Goiás, em boa parte com Erik sendo o principal responsável por colaborar na recomposição neste setor, Michael deitou e rolou durante todo o confronto. O camisa 11 foi encontrou muitos espaços para ser agudo.
ERROS EM PROFUSÃO NO MEIO
O esquema com quatro meio-campistas foi escalado para que o Botafogo tivesse o controle da posse de bola e transformasse o volume em oportunidades construídas. No entanto, quando o Goiás adiantou as linhas de marcação e pressionou, o Alvinegro pecou nas distribuições algumas vezes.
Todos do meio perderam a bola em situações perigosas, em profusão, fazendo com que não houvesse fluidez nas saídas para o ataque. Aliás, este aspecto só foi (um pouco) melhorado quando Alex Santana deixou o lado esquerdo, onde estava "sem função", e passou a conduzir as transições ofensivas, por dentro.
DIEGO SOUZA NULO
A tônica da partida fez lembrar a da estreia no Brasileiro, quando o Botafogo teve a bola, mas não foi efetivo. Na ocasião, Barroca não tinha a presença de Diego Souza, que jogou nesta tarde. O fato é que o camisa 7 esteve longe de cumprir o seu papel de referência.
Apático no ataque, Diego Souza não foi participativo e pouco se deslocou para fazer a função de pivô. A sua atuação foi interrompida após levar uma pancada na cabeça, ainda no início do segundo tempo. Igor Cássio entrou no seu lugar.
MUDANÇAS NÃO SURTIRAM EFEITO
A ausência de agressividade no ataque passou muito pela nulidade de Diego Souza. Além de Igor Cássio, Eduardo Barroca optou pelas entradas de Rodrigo Pimpão e Luiz Fernando - este último estava sem atuar há duas partidas.
Igor Cássio teve a sua melhor oportunidade na equipe profissional - em relação à minutagem. Contudo, apesar de uma boa jogada, o camisa 18 esteve apagado, assim como Pimpão e Luiz Fernando. O trio colaborou pouco para que a bola ficasse mais no ataque, o que deixaria o Goiás acuado e não em cima para marcar o gol da vitória - que surgiu já aos 41 minutos da etapa final.
GATITO E GABRIEL SE SALVAM
Dos jogadores de linha, pela fraca atuação no Serra Dourada, só é possível destacar Gabriel, regular e bem nas interceptações. Outra menção positiva vai para Gatito Fernández, que realizou seis defesas e evitou que o Esmeraldino abrisse o placar mais cedo - e ampliasse, posteriormente.
Agora, Eduardo Barroca precisará corrigir o que deu errado, tanto individual quanto coletivamente, na base da conversa, tendo em vista que a delegação alvinegra já viaja para o Paraguai nesta terça-feira, véspera do duelo diante do Sol de América, pela Sul-Americana. Ótima oportunidade para reagir.