O Fluminense pressionou durante os 90 minutos, mas não conseguiu sair do zero contra o Antofagasta, do Chile, no Maracanã. O Tricolor encontrou grandes dificuldades contra uma defesa bem postada e de difícil infiltração e saiu com um resultado ruim do jogo de ida da Copa Sul-Americana.
Apesar do altíssimo número de passes certos, o Flu errou muitas vezes também. O goleiro Hurtado foi o grande destaque do duelo, impedindo as melhores chances criadas. O jogo de volta, no Estádio Regional de Antofagasta, será no dia 21/03, às 19h15 (de Brasília).
Dificuldades e finalizações
O Fluminense encontrou grandes dificuldades para jogar durante a primeira etapa. Com o Antofagasta bem postado em campo e pressionando para dificultar o jogo de troca de passes de Fernando Diniz, o Tricolor demorou até achar o melhor jeito de atuar. As infiltrações na defesa adversária ficaram mais complicadas, graças ao bom sistema montado pelos chilenos com duas linhas de marcação atrás.
Por isso, as melhores chances vieram apenas na parte final antes do intervalo. Foram quatro oportunidades perigosas. Primeiro, com Luciano, aos 26 minutos. Aos 35, após cobrança de falta de Caio Henrique, Matheus Ferrz desviou de cabeça para defesa de Hurtado. O goleiro foi importante também nas cabeçadas de Gilberto e Yony. O goleiro Rodolfo mal trabalhou.
Ímpeto e bola aérea
O Flu iniciou o segundo tempo no mesmo ritmo do final do primeiro e foi para cima, buscando um resultado positivo em casa. Após cobrança de escanteio, Yony chutou para uma defesa milagrosa de Hurtado, que impediu mais uma chance do tricolor. Rodolfo fez uma boa defesa, mas foi pouco exigido.
Rondando a área para tentar marcar, a principal arma do Fluminense foram as bolas aéreas. Everaldo teve uma bela chance aos 16 minutos, mas desperdiçou. Matheus Ferraz ganhou todos os duelos por cima, mas também não conseguiu colocar a bola no gol.
Infiltração
A infiltração na área adversária é um problema encontrado pelo Fluminense diversas vezes ao longo da atual temporada. Apesar de ter mais a bola, a equipe ainda não encontrou as melhores formas (ou melhores jogadores) para essa ação. E esta foi uma deficiência clara no Maracanã.
O Antofagasta ficou, durante praticamente todo segundo tempo, com nove jogadores quase dentro da área e apenas um na frente para possíveis contra-ataques.
Erros bobos
Apesar de sofrer poucas investidas do Antofagasta, o Fluminense cometeu alguns erros bobos que poderiam ter resultado em uma derrota no Maracanã. Para se ter ideia, foram 42 passes errados durante os 90 minutos, um número acima do que a equipe de Fernando Diniz costuma fazer. O time ficou com 76% de posse de bola e trocou ainda mais de 560 passes certos.
Quem mais errou no quesito citado foi Luciano, seguido por Matheus Ferraz, Bruno Silva, Everaldo, Caio Henrique e Aírton. Esses vacilos poderiam ter custado caro, já que as chances dos chilenos foram criadas, em sua maioria, assim.
Hurtado
Motivo de preocupação para o Antofagasta, Hurtado foi o melhor jogador em campo. O titular, Paulo Garcés, está suspenso por dopig, enquanto o goleiro recém-contratado, Agustín Rossi, não foi inscrito. No entanto, o arqueiro não deixou a desejar. Ele impediu todas as melhores chances criadas pelo Fluminense e segurou um ótimo placar para a equipe visitante. Dará ainda mais trabalho no confronto de volta.