Expulsão crucial, futebol pobre e virada no fim: a queda do Botafogo
Equipe de Zé Ricardo voltou a jogar mal e, prejudicada com a expulsão de Alex Santana na etapa inicial, sucumbiu à pressão do Juventude, que avançou na Copa do Brasil
O Botafogo foi ao Estádio Alfredo Jaconi, na noite desta quinta-feira, visitar o Juventude. E, assim como na fatídica decisão da Copa do Brasil de 1999, perdeu por 2 a 1, o que, desta vez, o fez ser eliminado na mesma competição, porém pela terceira fase. Cícero abriu o placar; Braian Rodríguez e Dalbert viraram.
O resultado faz com que o Botafogo deixe de faturar R$ 1,9 milhão. Abaixo, alguns pontos importantes que marcaram a melancólica queda alvinegra:
GOL DO ALÍVIO (MOMENTÂNEO)
O início do Botafogo foi para esquecer. Apesar de ter feito um gol irregular, bem anulado, o time de Zé não conseguiu fazer a pressão na saída de bola, conforme prometia, e deu muito espaço, tanto na entrada da área, quanto em seu lado direito da defesa. Gatito, por exemplo, teve que brilhar logo cedo.
Em um dos poucos momentos de lucidez, a equipe alvinegra rodou a bola e encontrou um espaço após Jean lançar Cícero na área, de primeira. O camisa 8 dominou, foi à rede e mostrou o quão importante é pisando na área, como elemento surpresa. O gol deu uma aliviada na pressão dos mandantes, mas por pouco tempo.
MALDIÇÃO DA CAMISA 10?
No jogo de ida, o cenário da partida mudou completamente após a expulsão de João Paulo, que entrara com a camisa 10 e tinha a responsabilidade de ser o maestro do time. Já neste duelo da volta, foi a vez de Alex Santana, que também vestia o número, ser expulso na etapa inicial.
Alex Santana recebeu o segundo cartão amarelo pouco depois do primeiro, na casa dos 40 minutos. Ter um jogador a menos, sobretudo o principal carregador de bolas nos contra-ataques e peça importante na transição ofensiva, prejudicou - e muito - a estratégia de Zé Ricardo.
ESTAVA DIFÍCIL, MAS PIOROU
A situação do Botafogo piorou sem Diego Souza. O camisa 7, que aparecia bem para segurar e até chegou a marcar um gol irregular, também bem anulado, sentiu uma lesão muscular em lance no qual ficou de frente para o goleiro.
A pressão do Juventude, assim, aumentou ainda mais para a reta final do confronto em Caxias do Sul, uma vez que o jovem e promissor Igor Cássio, a opção de Zé (e não Kieza), não tem a mesma capacidade para fazer o pivô.
FÔLEGO NOVO: NADA FEITO
Os dois pontas do Botafogo estavam em noite ruim, tanto na recomposição, quanto na fase ofensiva. O técnico, assim, optou por Rodrigo Pimpão e Rickson como últimas cartadas. A pressão só aumentava, e a tentativa em cozinhar o empate e levar para os pênaltis acabou por se ruir, nos minutos finais.
NÃO FREOU E SUCUMBIU
Como já dito, o Botafogo cedeu à pressão sem muita resistência, ainda mais sem conseguir encaixar um contragolpe sequer. As mudanças não surtiram efeito e muito menos compensaram o peso de ter um jogador a menos.
O castigo veio já com 44 minutos do segundo tempo. Quase sempre, o Juventude atacou pelo lado esquerdo do ataque, explorando a fragilidade de Marcinho na marcação. Dalberto foi quem virou e permitiu que o Juventude avançasse à quarta fase da competição e faturasse R$ 1,9 milhão. Já para o Botafogo, a justa cobrança só aumenta, e pode respingar em Zé Ricardo.