Nem mesmo um período considerável para ajustes foi o suficiente para que o Botafogo desse uma resposta positiva diante de sua torcida. Desta vez, diante do Juventude, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil, saiu atrás do placar e não conseguiu a virada no Nilton Santos. Empatou em 1 a 1.
O jogo da volta será realizado na próxima quinta-feira (11), no Alfredo Jaconi, sem vantagem alguma para qualquer uma das equipes. Confira aspectos marcantes do confronto da ida, cujo público foi na casa dos 20 mil torcedores.
NOITE INFELIZ DO MAESTRO
Após dez dias de treinamentos, consequência da eliminação vexatória no Campeonato Carioca, Zé Ricardo optou por João Paulo ao lado de Alex Santana, com Cícero mais recuado, para dar uma nova cara ao meio-campo - muito pobre na construção nos últimos jogos.
João Paulo, que entrou com a camisa 10 e faixa de capitão, chamou a responsabilidade para organizar a equipe. Deu bons lançamentos, quase marcou um belo gol, porém caiu na pilha dos rivais e foi expulso ao 35 minutos da etapa inicial - junto a Paulo Sérgio. Foi apenas a terceira partida do meio-campista como titular em 2019.
JUVENTUDE CALCULISTA
O Botafogo, certamente, aguardava um Juventude mais tímido quando recuperasse a bola. No entanto, o time de Marquinhos Santos, ao menos até a expulsão de seu centroavante, mostrou que a paciência com a posse veio na bagagem. Neste quesito, o promissor Denner foi fundamental.
Logo depois que abriu o placar, o que se deu na casa dos 19 minutos e graças a uma falha de posicionamento rival, o Verdão passou a ganhar tempo sempre que podia, valorizando faltas e, com o goleiro Marcelo Carné, tardando nas cobranças de tiro de meta. A estratégia encurtou o pavio das arquibancadas.
EMPATE E JOGO DE 'UM TERÇO'
Sem mudanças, o que, a princípio, causou ainda mais revolta da torcida, o Botafogo conseguiu mudar a cara do duelo ao empatar ainda nos minutos iniciais. Erik deu uma de suas típicas arrancadas e só foi parado com um toque faltoso de Carné. Ele mesmo chamou a responsabilidade e guardou: 1 a 1.
O gol fez com que a torcida inflamasse, passasse a entoar o "vamos virar, Fogo" com muita energia, que contagiara os comandados de Zé. O duelo, a partir daí, passou a se desenhar apenas no último terço do campo defensivo do Juve.
CARTADAS OUSADAS DE ZÉ
Já na metade da etapa final, Zé Ricardo optou por duas mexidas que mostrara que a virada seria fundamental no Niltão: Luiz Fernando entrou na vaga de Marcinho, que fez boa partida apesar de receber fortes vaias (novamente), Kieza foi acionado no lugar de Rodrigo Pimpão e, por último, Bochecha entrou.
O Botafogo passou a atuar, praticamente, sem qualquer espécie de organização planejada quando tinha a posse de bola (quase 90% no segundo tempo). Cícero, centralizado, e Diego Souza, na referência, foram os únicos que mantiveram suas posições iniciais. No mais, abafa e bolas para o ataque brigar na área. Só uma boa chance criada. Mas...
KIEZA VILÃO: OUTRO ERRO CRASSO
Quando a partida já se encaminhava para os últimos lances, com o Juventude já segurando o ímpeto alvinegro, uma ótima triangulação, com Diego Souza no papel de pivô e Luiz Fernando, arisco, de garçom, resultou em uma bola à feição para Kieza apenas completar para o gol vazio.
Em má fase, Kieza perdeu a oportunidade, o que o fez ser muito xingado, já aos 45 minutos. Com isso, o 1 a 1 prevaleceu. Melhor para o Juventude, que contou com um erro crasso da defesa para marcar e o do K9 para garantir o empate. Já o time de Zé saiu muito vaiado e sem mostrar evolução tática alguma.