O Flamengo saiu atrás do marcador, com uma falha de zagueiro, empatou e, depois de um outro erro de defensor, levou o segundo gol e foi derrotado por 2 a 1 para o Atlético-MG, neste sábado. O duelo foi realizado no Estádio Independência e válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
O Atlético teve um jogador expulso no fim do primeiro tempo, o que, curiosamente, fez o Flamengo errar a estratégia, sofrer um revés e estacionar nos sete pontos. O LANCE! aponta este e outros fatores decisivos no confronto.
INÍCIO DE FLUIDEZ
O técnico Abel Braga repetiu a escalação da equipe que derrotou o Corinthians na última quarta-feira e que, possivelmente, teve a sua melhor atuação coletiva na temporada. Contra o Atlético-MG, mesmo com um certo desgaste, repetiu a postura no ataque - ao menos no início.
Nos primeiros 20 minutos, o Flamengo chegou a ter 70% de posse de bola. O volume era acentuado por conta da mobilidade de seu sistema ofensivo, sobretudo com os balanços de Everton Ribeiro. Diversas jogadas foram criadas.
BRUNO SEGUE VOANDO
Mesmo tendo iniciado melhor na partida, o Atlético-MG foi premiado por abafar a saída de bola do Flamengo. E assim os mandantes abriram o placar, após um erro de Rodrigo Caio enquanto estava com a bola controlada.
Por falar em prêmio, o Flamengo foi feliz ao não se desesperar com o placar adverso. No lance seguinte, após rodar a bola sem afobação, empatou com Bruno Henrique, o artilheiro rubro-negro na temporada. Um detalhe técnico, aliás, foi determinante: o encaixe do corpo do camisa 27 para acertar a "cara" da bola.
GOLAÇOS DO GALO E FALHAS DA ZAGA
Como já citado, uma tomada de decisão equivocada de Rodrigo Caio foi determinante para que o Atlético saísse na frente. Quem aproveitou, na ocasião, foi Cazares, que entortou Léo Duarte e o próprio Caio, deixou o Diego Alves no chão e tocou para a rede com muita frieza: uma pintura.
E não é que o Galo marcaria outro golaço? Já com um jogador a menos e no primeiro instante da etapa final, uma vez que Elias foi expulso no fim do primeiro tempo, Chará acertou um petardo, sem ângulo, e depois de um corte insuficiente de Léo. Ou seja, o talento dos gringos e os vacilos da zaga carioca foram determinantes para o marcador.
MUDANÇAS BRUSCAS
Em desvantagem já no início do segundo tempo, Abel Braga precisou sair da zona de conforto e mexer a equipe de maneira brusca - e desnecessária. Como Rodrigo Santana havia tirado o Ricardo Oliveira, o Flamengo passou a jogar apenas com um zagueiro (Rodrigo Caio), acionando Vitinho, Lincoln e Berrío - saíram Léo Duarte, Arrascaeta e Gabriel Barbosa.
A configuração com quatro atacantes serviu para dar amplitude, porém o Flamengo ficou desorganizado e perdeu a qualidade na saída de bola, o que sobrara na etapa inicial. O Atlético, por sua vez, montou um ferrolho e ameaçou Alves com velocistas na frente.
ABAFA, BOLA LEVANTADA... E SÓ
A estratégia de Abel Braga se mostrou equivocada, uma vez que a equipe vinha se portando bem e criando chances antes das alterações. Depois, com quatro jogadores no ataque e Everton Ribeiro para alçar bolas, principalmente, o Flamengo pouco foi efetivo e sucumbiu à barreira na área atleticana.
De positivo no segundo tempo, para o Flamengo, fica a boa entrada de Vitinho. Agora, o desafio será fora de casa, contra o Athletico-PR, no Maracanã, precisando pontuar e melhorar o aproveitamento no Brasileirão, no domingo.