Falhas da zaga, desconfiguração… O que pesou para o revés do Flamengo

Curiosamente, time de Abel Braga sofreu com um jogador a mais por adotar uma estratégia equivocada no 2º tempo. O vencedor da partida foi o mandante Atlético-MG

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O Flamengo saiu atrás do marcador, com uma falha de zagueiro, empatou e, depois de um outro erro de defensor, levou o segundo gol e foi derrotado por 2 a 1 para o Atlético-MG, neste sábado. O duelo foi realizado no Estádio Independência e válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

O Atlético teve um jogador expulso no fim do primeiro tempo, o que, curiosamente, fez o Flamengo errar a estratégia, sofrer um revés e estacionar nos sete pontos. O LANCE! aponta este e outros fatores decisivos no confronto. 

INÍCIO DE FLUIDEZ 

Flamengo iniciou com muito volume (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

O técnico Abel Braga repetiu a escalação da equipe que derrotou o Corinthians na última quarta-feira e que, possivelmente, teve a sua melhor atuação coletiva na temporada. Contra o Atlético-MG, mesmo com um certo desgaste, repetiu a postura no ataque - ao menos no início. 

Nos primeiros 20 minutos, o Flamengo chegou a ter 70% de posse de bola. O volume era acentuado por conta da mobilidade de seu sistema ofensivo, sobretudo com os balanços de Everton Ribeiro. Diversas jogadas foram criadas.

BRUNO SEGUE VOANDO

Bruno chegou a 12 gols no ano (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

Mesmo tendo iniciado melhor na partida, o Atlético-MG foi premiado por abafar a saída de bola do Flamengo. E assim os mandantes abriram o placar, após um erro de Rodrigo Caio enquanto estava com a bola controlada. 

Por falar em prêmio, o Flamengo foi feliz ao não se desesperar com o placar adverso. No lance seguinte, após rodar a bola sem afobação, empatou com Bruno Henrique, o artilheiro rubro-negro na temporada. Um detalhe técnico, aliás, foi determinante: o encaixe do corpo do camisa 27 para acertar a "cara" da bola. 

GOLAÇOS DO GALO E FALHAS DA ZAGA

Rodrigo errou feio quando estava 0x0 (Foto: Dudu Macedo/Fotoarena)

Como já citado, uma tomada de decisão equivocada de Rodrigo Caio foi determinante para que o Atlético saísse na frente. Quem aproveitou, na ocasião, foi Cazares, que entortou Léo Duarte e o próprio Caio, deixou o Diego Alves no chão e tocou para a rede com muita frieza: uma pintura.

E não é que o Galo marcaria outro golaço? Já com um jogador a menos e no primeiro instante da etapa final, uma vez que Elias foi expulso no fim do primeiro tempo, Chará acertou um petardo, sem ângulo, e depois de um corte insuficiente de Léo. Ou seja, o talento dos gringos e os vacilos da zaga carioca foram determinantes para o marcador.

MUDANÇAS BRUSCAS

Gabigol foi o último a sair do Fla (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

Em desvantagem já no início do segundo tempo, Abel Braga precisou sair da zona de conforto e mexer a equipe de maneira brusca - e desnecessária. Como Rodrigo Santana havia tirado o Ricardo Oliveira, o Flamengo passou a jogar apenas com um zagueiro (Rodrigo Caio), acionando Vitinho, Lincoln e Berrío - saíram Léo Duarte, Arrascaeta e Gabriel Barbosa.

A configuração com quatro atacantes serviu para dar amplitude, porém o Flamengo ficou desorganizado e perdeu a qualidade na saída de bola, o que sobrara na etapa inicial. O Atlético, por sua vez, montou um ferrolho e ameaçou Alves com velocistas na frente. 

ABAFA, BOLA LEVANTADA... E SÓ

Rodrigo montou ferrolho e venceu (Foto: Bruno Cantini / Atlético)

A estratégia de Abel Braga se mostrou equivocada, uma vez que a equipe vinha se portando bem e criando chances antes das alterações. Depois, com quatro jogadores no ataque e Everton Ribeiro para alçar bolas, principalmente, o Flamengo pouco foi efetivo e sucumbiu à barreira na área atleticana. 

De positivo no segundo tempo, para o Flamengo, fica a boa entrada de Vitinho. Agora, o desafio será fora de casa, contra o Athletico-PR, no Maracanã, precisando pontuar e melhorar o aproveitamento no Brasileirão, no domingo.

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