Não foi neste sábado que o Flamengo emplacou nove vitórias consecutivas e se isolou como recordista neste quesito no Campeonato Brasileiro por pontos corridos. Pela 22ª rodada, o time de Jorge Jesus sofreu para impor o seu estilo de jogo diante do São Paulo, dos comandantes do estreante Fernando Diniz. Resultado: 0 a 0, no Maracanã.
O LANCE! aponta fatores que podem ter pesado para que a sequência frenética fosse interrompida e os 100% de aproveitamento em casa do Fla, na competição, fossem alijados. Abaixo, veja mais sobre o jogo, o último antes da viagem a Porto Alegre, rumo à ida das semi da Libertadores, diante do Grêmio:
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AUSÊNCIAS SENTIDAS
Ao sair a escalação do Flamengo, surpresas. Os laterais Rafinha e Filipe Luís e o meio-campista Gerson iniciaram poupados, mesmo diante de palavras recentes de Jorge Jesus, que apontavam para uma equipe completa nesta noite. O trio, provavelmente, estava esgotado. Naturalmente, a falta foi sentida.
No primeiro tempo, sobretudo, o time de Jesus caiu nas teias morosas do São Paulo, bem organizado e disposto a não deixar os mandantes alugarem o seu campo de defesa. Muito por isso, Gerson fez uma tremenda falta na construção, já que Willian Arão ficou sobrecarregado na transição da bola e Piris da Motta, mais posicional, não se aventura na armação.
UM REFLEXO DA DUREZA
O São Paulo chegou a ter chance cristalina para abrir o placar na etapa inicial. E por méritos próprios, principalmente se levarmos em conta que Fernando Diniz teve apenas um dia para conhecer o elenco e trabalhar em cima deste jogo.
A título de curiosidade, vale lembrar, até para reforçar o quão contundente vinha sendo o Fla: pelo Brasileiro, a equipe da Gávea não ia para o vestiário sem saber o que era balançar a rede desde o jogo contra o Bahia, em Salvador, quando saiu derrotado por 3 a 0, pela 13ª rodada. Um reflexo da dureza.
DUELO MAIS FRANCO
As propostas eram nitidamente distintas desde o apito inicial. O Flamengo, mandante, tentava a cada jogada impor o seu estilo agressivo e móvel no ataque - mas, como dito acima, foi bem cozinhado pelos visitantes. Já o São Paulo, em processo de troca de treinador, optou pelos escapes nos contragolpes, apostando na velocidade e habilidade de Antony.
E foi no segundo tempo, quando o Flamengo acionou os poupados iniciais, que o duelo passou a ser mais franco e de recheadas alternativas pelo gol.
FALTOU SER LETAL
Por mais que o São Paulo tenha cumprido bem o papel de anulação do já citado perfil rubro-negro, houve oportunidades criadas pelo Flamengo em momentos esporádicos - incluindo os dois tempos. Faltou a conhecida letalidade - passando pelas opções equivocadas no último terço de campo - do, com folga, melhor ataque do Brasileirão, que passou em branco durante os 90 minutos. Porém, os aplausos da torcida "dizem": nada de drama.
FIM DA SEQUÊNCIA FRENÉTICA
O Flamengo vinha de sequência louvável e raríssima no Brasileiro. Antes do jogo contra o São Paulo, eram oito vitórias seguidas acumuladas, o que fez o clube igualar o Cruzeiro de 2003 e 2013 em recorde no sistema por pontos corridos. O empate neste sábado, contudo, reduz o ritmo frenético, embora mantenha a invencibilidade nos últimos nove jogos. Os 100% de aproveitamento em casa também ficaram para trás.