O Qatar chegou ao Brasil desacreditado pelos adversários por não ser uma seleção tradicional e sem grandes conquistas. Entretanto, os asiáticos mostram personalidade dentro de campo e podem surpreender ao fim da primeira fase da Copa América. Em dois jogos pelo grupo B, os qatáris empataram de maneira heroica contra o Paraguai (2 a 2) e ainda seguraram ao máximo a Colômbia na última quarta-feira, mas perderam por 1 a 0, no Morumbi. Agora, será a vez da Argentina conhecer a seleção comandada por Félix Sánchez.
Com isso, o LANCE! analisou o time e trouxe alguns motivos para que o Qatar possa assustar a Argentina pela terceira e última rodada da primeira fase, que será, às 16h, na Arena do Grêmio. Vale salientar, que os sul-americanos quanto os asiáticos somam um ponto na tabela.
FERROLHO
Como acontece na maioria dos times ou das seleções que não tem grande qualidade técnica, o famoso ferrolho é o mais indicado para conquistar alguma coisa. E isto, o técnico Félix Sánchez trabalhou bem os jogadores para suportar a pressão dos adversários. O esquema foi visto contra o Paraguai e Colômbia, e parece que não vai ser modificado contra a Argentina, que terá que ter paciência para furar a defesa asiática.
O esquema de Félix Sánchez também proporciona este estilo de jogo. No último confronto, ele utilizou 3-5-1-1 e que alguns momentos se transformava em 3-6-1, o que dificultou ainda mais as infiltrações dos 'cafeteros'.
CONTRA-ATAQUES RÁPIDOS
Os rápidos contra-ataques do Qatar também podem ser outro ponto dificultador para a Argentina. Na partida contra a Colômbia, houve alguns contra golpes dos asiáticos e que assustaram a defesa colombiana. Na estreia, o poder reação foi algo surpreendente ao tirar uma desvantagem de 2 a 0 e buscar o empate no fim. O camisa 10 Hasan Al Haydos é um dos expoentes para puxar as poucas e raras investidas qatáris, mas que chegam a assustar o sistema do adversário.
Vale saliente que a equipe comandada por Lionel Scaloni após empate com o Paraguai, também precisa do resultado satisfatório para recuperar a confiança da torcida. Deste modo, a posse de bola e a pressão vão ser adotados pela seleção, mas terão que tomar cuidado dos contra-ataques asiáticos.
EFICIÊNCIA
Na maioria dos contra-ataques realizados, há quase sempre finalizações para o gol. Esta é uma maneira de aproveitar as poucas oportunidades e colocar no fundo da rede. Ao total, foram 15 tentativas de balançar a rede, mas somente seis foram em direção ao gol e duas delas o time comemorou. Isto também pode ser um alerta para os argentinos, que também tem que trabalhar a marcação e os cortes para não ser vítima dos qatáris.
ARTILHEIRO
Ali, ou simplesmente Abdulla, é o principal nome do projeto de naturalização em massa de atletas estrangeiros idealizado pelo país-sede da próxima Copa do Mundo para não fazer feio em 2022. Aos 22 anos, Abdulla nasceu no Sudão e vem surpreendendo. Ele foi o artilheiro da Copa da Ásia-2019, com nove gols, e balançou mais as redes durante a primeira fase da competição que 21 das 24 seleções participantes.
EXPERIENTE
Apesar de ser um rosto pouco conhecido, Féliz Sánchez tem experiência no futebol. Durante 10 anos, ele esteve a frente das categorias de base do Barcelona e para nostalgia dele, irá jogar contra o melhor jogador da Argentina, Lionel Messi. Além disso, ao comando da seleção qatári, contando amistosos e torneios internacionais, foram 22 vitórias, cinco empates e 14 derrotas, em 41 jogos disputados, com 68 gols marcados e 57 sofridos.