O Flamengo passou longe de fazer uma partida espetacular na vitória contra o Corinthians, por 1 a 0, nesta quarta-feira, na Arena, mas mostrou eficiência para levar uma vantagem importante para o Rio de Janeiro, no jogo de volta. O Rubro-Negro soube suportar a pressão, mudar o seu estilo de dentro de campo e aproveitar a chance que teve para vencer com gol de Willian Arão.
PROBLEMAS COM A MARCAÇÃO ALTA
Corinthians mudou a sua postura e avançou bem a marcação. A imposição de Fábio Carille dificultou a saída de bola do Flamengo, que teve dificuldade para se encontrar na partida. A postura agressiva da equipe paulista surpreendeu e o Rubro-Negro teve que sair do seu padrão ofensivo para cuidar do sistema defensivo. O estilo "reativo" foi dos comandados de Abel Braga.
ESTILO MANTIDO
Mesmo com a marcação alta do Corinthians, o Flamengo não mudou o seu estilo de jogo e seguiu tocando a bola para sair do campo de defesa. Entretanto, isso não mudou o padrão da partida. Taticamente, o Flamengo estava preso no setor de meio-campo, com Éverton Ribeiro e Arrascaeta atuando na mesma linha. Sem criatividade, a aposta foi na individualidade.
FALTA DE CRIATIVIDADE E APOSTA NA INDIVIDUALIDADE
Jogo tenso, pegado, mas pouca criatividade. Movimentações fracas, poucas triangulações e um Flamengo que criou com cruzamentos e chutes de fora da área. Sem aproximação no setor de meio de campo, o espaço ficava ainda mais fechado. Lances como a cabeçada de Léo Duarte, após escanteio, e o chute de Bruno Henrique, de fora da área, marcaram uma equipe com poucas ideias.
QUANDO MELHOROU O COLETIVO...
Diego entrou no lugar de Arrascaeta e Abel Braga corrigiu os problemas do meio de campo. O Flamengo passou a organizar jogadas minimamente trabalhadas e impor a sua superioridade técnica contra o Corinthians. Quando o Rubro-Negro colocava a bola no pé, passou a ser superior.
WILLIAN ARÃO DECIDE A PARTIDA
O Flamengo cresceu no segundo tempo e as mudanças de Abel Braga surtiram efeito. O prêmio veio com o gol de Willian Arão, de criticado a herói, aproveitando o bom cruzamento de Bruno Henrique. Festa rubro-negra em Itaquera, que soube transformar a sua superioridade técnica em resultado na Copa do Brasil.