Da goleada à reação: Flu é derrotado, mas mostra superação com reservas
Mesmo com uma equipe recheada de reservas, Fluminense iguala forças contra Flamengo titular e por pouco não sai de um 3 a 0 para um empate no Maracanã
Faltou muita coisa para o Fluminense. Entrosamento, intensidade.. mas sobrou poder de reação quando tudo parecia caminhar para uma goleada. A derrota para o Flamengo, por 3 a 2, neste domingo, no Maracanã, foi um "risco calculado" para o técnico Fernando Diniz, que pode se orgulhar dos "reservas" - pelo menos no segundo tempo. O LANCE! mostra alguns pontos positivos e negativos que definiram o placar do clássico.
FALTA DE ENTROSAMENTO
Parecia claro que o Fluminense, com uma equipe praticamente reserva - apenas Ganso e Caio Henrique considerados titulares em campo - iria sentir a falta de entrosamento. Principalmente na saída de bola, onde ficou sufocado com a marcação alta do Flamengo. Foi a maior dificuldade da equipe durante toda a partida, onde teve dificuldades para ter a bola sob o seu controle.
AFOBAÇÃO
Estreante na partida, Nino foi o jogador mais procurado pelo ataque do Flamengo. Apesar de não comprometer, mostrou nervosismo em diversos chutões - algo pouco comum na equipe de Fernando Diniz. Não apenas os zagueiros, mas outros atletas que pouco atuaram nesta temporada também sentiram dificuldade na partida.
CAIO HENRIQUE DE FALSO NOVE
A grande surpresa da escalação foi a titularidade de Caio Henrique. Não necessariamente pela sua presença em campo, mas pelo seu posicionamento. Inicialmente, atuou como um falso nove, mas também se moveu e inverteu de posição com Mateus Gonçalves e Marcos Calazans. Deu qualidade técnica para a equipe e ainda acertou o travessão.
ERROS DEFENSIVOS
Bruno Henrique fez a festa nas jogadas de velocidade contra a defesa do Fluminense. O segundo gol do Flamengo mostrou bem isso: bola enfiada, dominou sem dificuldade e teve tempo para escolher o canto. Erro coletivo que custou caro. Allan, que fazia bom jogo, ainda errou um passe bobo e entregou o terceiro gol para Gabriel.
ESTRELA DE JOÃO PEDRO
A entrada do garoto de apenas 17 anos mudou a partida. Não apenas pelo gol marcado, mas pela disposição que mostrou dentro de campo. Dribles, velocidade, provocação... Foi o combustível que faltava para uma reação no Maracanã. Talvez, se tivesse entrado antes, o Tricolor teria tempo para buscar o empate.