Inofensivo no ataque e frágil na defesa, Botafogo vira presa fácil
Glorioso foi dominado pelo Santos na Vila Belmiro e acabou goleado por 4 a 1, neste domingo, pela 30ª rodada do Brasileirão. Resultado aproxima equipe do Z-4
Em noite para ser esquecida, o Botafogo foi goleado pelo Santos, por 4 a 1, na Vila Belmiro, neste domingo. O resultado negativo na partida válida pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro deixou o Glorioso mais próximo da zona de rebaixamento e com a moral abalada para disputar o clássico com o Flamengo, na próxima quinta-feira, no Nilton Santos.
Com 33 pontos, o Alvinegro está apenas dois pontos acima do Fluminense, equipe que abre o Z4. A partida na Vila foi marcada por um amplo domínio defensivo do Peixe e atuações destacadas de Marinho e Soteldo. Confira aqui outros aspectos da goleada.
ESCALAÇÃO
O técnico Alberto Valentim surpreendeu na escalação do Botafogo ao barrar o meia Diego Souza. Igor Cássio ganhou a primeira chance como titular e Marcinho exerceu a função de ponta, com Fernando de volta à lateral-direita. A proposta de ter um time mais leve pra pressionar a saída de bola do Santos, não funcionou. O Peixe acelerou o jogo e conseguiu achar espaços quando atacava. As mudanças também não conseguiram melhorar a criatividade do Glorioso e não aumentaram o número de finalizações do time. Como em quase toda a temporada, além de pouco, o Alvinegro finalizava mal. O resultado acabou sendo um Botafogo inofensivo no ataque e sem padrão tático na defesa.
DESATENÇÃO INICIAL
A desatenção nos primeiros minutos de jogo custaram caro ao Botafogo. No primeiro lance da partida, Marinho não teve dificuldades em avançar da direita para o centro da área e finalizar para a defesa de Gatito. Na cobrança de escanteio, na sequência, a defesa alvinegra se preocupou em marcar os zagueiros do Santos no cabeceio e deixou o centravante Eduardo Sasha sozinho na segunda trave para abrir o placar. Dez minutos depois, Marinho ampliou com uma jogada parecida em boa finalização. O Botafogo fez uma
marcação alta na saída de bola do Peixe, mas não conseguiu impedir que os rivais encontrassem espaços, na base da qualidade técnica individual dos jogadores.
BOTAFOGO REAGE
Com 2 a 0 no placar, o Botafogo parecia que não ia mudar o quadro. Quando tinha a posse de bola, o time voltou a ter dificuldades de gerar situações de perigo. Contrariando as expectativas, o Alvinegro reagiu com lances perigosos de bola parada. Marcinho, com uma batida de qualidade, fez duas cobranças de escanteio fechadas. Na segunda delas, Everson falhou e Igor Cássio apareceu para diminuir, com o segundo gol da carreira como profissional.
O Botafogo se animou e conseguiu equilibrar a partida, com chegadas de Marcinho e João Paulo.
MUDANÇAS SEM EFEITO
Na segunda etapa, Valentim lançou Alex Santana, Vinicius Tanque e Leo Valencia, com a intenção de melhorar a qualidade do toque de bola no meio e das finalizações na frente. As mudanças, no entanto, não surtiram o efeito desejado. O Botafogo resistiu até os 20 minutos do segundo tempo, mas, em um contra-ataque fulminante do Santos, Soteldo fez o terceiro dos donos da casa e o Glorioso não conseguiu mais reagir.
ABATIMENTO
Depois do terceiro gol santista, o abatimento tomou conta do Botafogo. O time parecia atordoado dentro de campo e passou a permitir contra-ataques dos rivais, sem qualquer força para reagir. Soteldo, em noite inspirada, recebeu de Sasha, tirou da marcação e faz o quarto do Peixe, confirmado na sequência pelo VAR. Na saída de bola, o venezuelano quase fez o quinto, em lance parecido, mas a bola parou na trave. O domínio ofensivo do time de Sampaoli sobre o de Valentim ficou evidente e refletido no placar.