Mudou? L! compara último Felipão x Sampaoli com Verdão e Peixe atuais
Adversários no clássico deste sábado, no Allianz Parque, os técnicos se enfrentaram pela última vez no duelo entre Brasil e Chile pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2014
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Neste sábado, às 19h, no Allianz Parque, o duelo entre Palmeiras e Santos, pelo Campeonato Paulista, marcará o reencontro de Luiz Felipe Scolari e Jorge Sampaoli depois de quase cinco anos. O último confronto dos técnicos ocorreu em 28 de junho de 2014, no empate por 1 a 1 do Brasil diante do Chile, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. De lá para cá, o que os números apontam dos dois treinadores do clássico deste fim de semana?
O LANCE! comparou as estatísticas fornecidas pela Fifa daquela partida no Mundial sediado pelo Brasil com o que o Verdão de Scolari e o Peixe do argentino fizeram no atual Campeonato Paulista segundo o Footstats. A análise foi feita na porcentagem de posse de bola de cada time e os números de passes e finalizações.
No último encontro dos treinadores, o Brasil de Scolari avançou ao vencer nos pênaltis por 3 a 2, passando pela Colômbia nas quartas de final antes de levar 7 a 1 da Alemanha na semifinal. Depois disso, o treinador teve rápida passagem pelo Grêmio e acumulou títulos pelo Guangzhou Evergrande, da China, antes de voltar ao Palmeiras para ser campeão brasileiro no ano passado.
Sampaoli, por sua vez, levou o Chile ao inédito título da Copa América de 2015, depois teve passagem sem destaque pelo Sevilla, classificou-se no sufoco com a Argentina para a Copa do Mundo, na qual virou o símbolo do fracasso do time de Messi, eliminado nas oitavas de final sem convencer na Rússia. Chegou ao Santos em janeiro.
Confira abaixo a comparação das estatísticas de Brasil x Chile de 2014 com Palmeiras e Santos no Campeonato Paulista de 2019:
POSSE DE BOLA
É conhecido como os times de Sampaoli gostam de ter a posse de bola, mas o Brasil de Felipão e Neymar quase se igualou aos chilenos em 2014. A Fifa apontou os anfitriões com 49% no quesito, contra 51% do adversário.
No Campeonato Paulista, os dois técnicos seguem mais tempo com a bola do que seus rivais. Mas o Santos com números bem maiores. Em média, nas sete partidas disputadas pelo torneio até aqui, os comandados de Sampaoli tiveram 64,83% de domínio da bola. A equipe nunca teve menos do que 58,3% da posse, como na estreia do Estadual, diante da Ferroviária. Mesmo ao perder por 5 a 1 do Ituano, única derrota com o técnico, a posse foi de 69,9%.
O Palmeiras de Felipão tem, em média, 55,02% de posse de bola, mas nem sempre superou um rival neste Campeonato Paulista no quesito. No 0 a 0 diante da Ferroviária, na última rodada, ficou com a bola só em 42,5% do tempo. Na vitória por 2 a 0 sobre o São Caetano, apenas em 44,9%. O recorde de posse de bola foi no 1 a 0 ante o Botafogo-SP: 64,5%, abaixo da média de 64,83% do Santos.
PASSES
Na Copa do Mundo, diante do Brasil, o Chile de Sampaoli deu 593 passes, sendo 424 certos - 71,5% de correção. Considerando que a partida foi para a prorrogação, tendo mais de 120 minutos, é possível fazer a proporção de
que, em 90 minutos, a equipe deu 444,75 passes, sendo 318 certos - correção de 71,5% também. Número não muito distante do que o Santos pratica.
O Peixe é o segundo time que mais deu passes no Campeonato Paulista: 3307, atrás só dos 3380 do Corinthians. O Peixe errou apenas 215, com um índice de 93,4% de acerto. Na média, o Santos dá 472,4 passes por partida (441,2 corretos), um pouco acima dos 444,75 do Chile quando enfrentou o Brasil no Mundial de 2014.
Já o Palmeiras é o quinto com mais passes no Campeonato Paulista: 2794 no total, sendo 2563 corretos - índice de 91,7%. Em média, 399,1 passes por partida (365,9 certos). Bem abaixo do que o Brasil de Felipão praticou contra o Chile: naquele duelo, 574 passes no total, sendo 393 certos (68,4%), em uma proporção de 430,5 passes em 90 minutos (294,7 certos).
FINALIZAÇÕES
O Santos é, atualmente, o time com mais finalizações no Paulista, com o Palmeiras em terceiro no quesito. Mas, naquele Brasil x Chile da Copa de 2014, foram os comandados de Felipão que arriscaram mais a gol: 23 chutes, contra 13 da equipe que tinha Sampaoli à frente.
Naquele confronto, das 23 finalizações brasileiras, 13 foram corretas. Na proporção para 90 minutos, 17,25 no total, 9,75 certas. Número superior ao praticado pelo Verdão: 94 finalizações no Estadual, sendo 26 certas, configurando uma média de 13,4 por partida, 3,7 no alvo.
Já o Chile, das 13 finalizações diante dos anfitriões do Mundial de 2014, acertou cinco. Na proporção para 90 minutos, 9,75 no total, 3,75 corretas. Número bem abaixo do Santos de Sampaoli. No total, foram 117 finalizações no Paulista, sendo 45 no alvo. Na média, 16,7 tentativas por jogo, 6,4 com correção.
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