JP, MP, Nenê, Pedro, Nem e Yony: L! ajuda Diniz a escalar o ataque do Flu
Fluminense tem pela primeira vez todas as peças ofensivas disponíveis. Priorizar a boa fase ou promover a entrada de medalhões é a escolha que o treinador precisa fazer
O técnico Fernando Diniz tem uma ótima dor de cabeça para montar o ataque tricolor. Com João Pedro recuperado das dores no tornozelo direito, o treinador tem, pela primeira vez na temporada, todas as peças ofensivas do elenco à disposição. Em tese, JP disputa posição com Pedro, Wellington Nem briga com Marcos Paulo e Yony terá a concorrência de Nenê, partindo do princípio de que Ganso é titular absoluto do Fluminense.
A semana cheia para treinamentos tem sido intensa e como é de costume, as atividades são fechadas para os jornalistas. Tudo isso para não dar pistas ao Atlético-MG, adversário de sábado, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O mistério é justificável, afinal de contas são muitas opções. Pensando em ajudar o Diniz, o LANCE! comparou os pontos fortes e fracos de cada jogador na briga pela titularidade.
REFERÊNCIA
No comando de ataque, duas crias de Xerém disputam a titularidade. Atualmente Pedro é o dono da posição, tendo em vista que João Pedro desfalcou o Fluminense nas últimas quatro partidas. O mais experiente leva vantagem no aspecto físico, faz melhor o trabalho de pivô e por isso, tem mais facilidade em servir os companheiros. O mais novo possui mais mobilidade e velocidade, sendo mais efetivo nos contra-ataques e nas jogadas pelos lados do campo.
Em termos de finalização, ambos são letais e os números mostram isso. Pedro marcou cinco gols em 13 partidas, todos no Campeonato Brasileiro, sendo o artilheiro do time na competição. Já João Pedro fez nove gols em 18 jogos, sendo que em apenas nove ele foi titular. É a disputa mais acirrada do ataque tricolor.
Conclusão: No atual contexto, no qual o Fluminense busca verticalizar mais o jogo, Pedro deve ser mantido, principalmente por dar ao time as ligações diretas, devido aos chutões de Muriel.
PRESENTE X FUTURO
Um choque de gerações marca a disputa pelo lado esquerdo do ataque. Em franca evolução está Marcos Paulo, de apenas 18 anos, que recentemente marcou os seus primeiros gols pelo time profissional. Do outro lado, Wellington Nem, que já reestreou com a camisa tricolor e a cada dia que passa, se encontra melhor fisicamente. Na sua primeira passagem atuava predominantemente pelo lado esquerdo, porém pode jogar também pelo outro lado.
Marcos Paulo vem crescendo muito no aspecto tático e na comparação com o companheiro, oferece mais na recomposição defensiva. No ataque, possui mais mobilidade e capacidade de agredir a área. Wellington Nem tem o drible e as assistências como pontos fortes, sem contar uma maior experiência ao seu favor, tendo uma melhor tomada de decisão na escolha das jogadas. Sem dúvida um duelo bastante interessante.
Conclusão: Tendo em vista que Wellington Nem vai necessitar de mais tempo para adquirir ritmo de jogo e se adaptar ao futebol brasileiro, Diniz deve manter Marcos Paulo, respeitando o momento de ascensão do jovem atacante.
COLÔMBIA X BRASIL
Com características bem diferentes, Yony e Nenê disputam a vaga pela direita. A princípio, contra o Internacional, Diniz colocou o meia caindo por esse lado. Devido ao ótimo momento, o colombiano dificilmente vai perder a posição. Além da fase artilheira, marcando cinco gols nos últimos quatro jogos, o atacante também se doa bastante na marcação. É comum ver Yony dando combate no campo defensivo, situação difícil de se imaginar com Nenê.
O meia chegou ao Fluminense com status de titular absoluto, porém devido ao grande momento dos jogadores de ataque, Nenê pode continuar no banco. Ao time, o veterano vai agregar e muito com a sua experiência, tem uma bola parada muito forte e acima de tudo, vai ajudar com a sua personalidade. Mesmo em dias não tão bons, Nenê não se esconde do jogo e costuma ser sempre participativo. O ponto em comum é a agressividade. Ambos costumam pisar na área, buscando sempre o gol.
Conclusão: Apesar de ter mais talento e consequentemente dar mais repertório ao time, a entrada de Nenê vai causar um desequilíbrio ao Fluminense, já que o jogador não possui característica de recomposição. Yony está na melhor fase da carreira e mais adaptado ao estilo de jogo, é peça-chave da equipe, servindo como válvula de escape e elemento surpresa dentro da área.