Pouca criação, falhas individuais e expulsão: motivos da derrota do Flu
Tricolor sente falta de Allan, sofre com as chances criadas no meio-campo, e vê Agenor ser um dos protagonistas pelo resultado negativo contra o Bahia, na Arena Fonte Nova
Choque de realidade. Após golear o Atlético Nacional pela Copa Sul-Americana, o Fluminense foi derrotado por 3 a 2 pelo Bahia, neste domingo, pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na Arena Fonte Nova, os comandados de Fernando Diniz sentiram falta da formatação usual do meio-campo e sucumbiram aos próprios erros individuais no duelo. O LANCE! expõe cinco motivos que ajudam a explicar o resultado negativo para o time das Laranjeiras.
POUCA CRIATIVIDADE
Sem poder contar com Allan, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Fernando Diniz promoveu a estreia de Yuri no Fluminense. O meio-campista emprestado pelo Santos não deu a dinâmica que o camisa 29 geralmente exercia e isto resultou em um Fluminense com dificuldade de criar chances desde o campo defensivo, já que o estreante da noite, apesar de ter contribuído na marcação, não repetiu o mesmo desempenho na distribuição de bola.
Além disto, o treinador resolveu poupar Paulo Henrique Ganso, pensando na sequência da temporada - na próxima quinta-feira, o Fluminense vai enfrentar o Atlético Nacional, no jogo da volta da segunda fase da Copa Sul-Americana. Sem o camisa 10, o Tricolor sentiu falta de um jogador para qualificar os passes na região da entrada da área.
RESPOSTA RÁPIDA
O Bahia abriu o placar aos 16 minutos do primeiro tempo. Se aproveitando de um erro coletivo do Fluminense após uma jogada de escanteio, os mandantes armaram um rápido contra-ataque e, pegando a defesa da equipe carioca desarrumada, Artur apareceu para finalizar e balançar as redes.
Apesar disto, o Fluminense manteve uma íntegra postura psicológica, não sentiu o gol e respondeu logo em seguida. Aos 19 minutos, Yony González foi derrubado na área e Pedro, de pênalti, deixou tudo igual. Valeu o esforço dos jogadores em se organizar e correr atrás do placar poucos minutos depois do Bahia ter balançado as redes.
ERRO CAPITAL
No momento mais equilibrado do jogo, o Fluminense foi prejudicado, em parte, por ele mesmo. Um erro individual foi capital para que o Bahia voltasse a ficar na frente do placar. No estilo tradicional de Fernando Diniz, o Tricolor tentou trabalhar a bola desde a pequena área, mas Agenor, ao tentar driblar Gilberto, viu o atacante do Bahia ser mais rápido, roubar a bola e completar para o gol.
O goleiro, definitivamente, não viveu o melhor dos momentos no centésimo jogo profissional da carreira. O erro em frente a Gilberto foi fundamental para que o Bahia retomasse o controle do jogo, já que os comandados de Roger Machado, com a vantagem do placar, souberam se comportar com qualidade no campo defensivo.
VAR EM AÇÃO
A tecnologia se fez presente. No segundo tempo, Igor Junio Benevenuto, juiz da partida, usou o auxílio do árbitro de vídeo para assinalar um pênalti de Gilberto - do Fluminense -, que colocou a mão na bola dentro da área em uma disputa física com o ataque do Bahia.
Gilberto - do Bahia - bateu o pênalti e Agenor, se redimindo do erro no primeiro tempo, defendeu. Mas o VAR voltou à ação e, após o seguimento da jogada, o árbitro mandou a jogada voltar e amarelou o goleiro do Fluminense por ter se adiantado. Como o camisa 25 já estava com cartão, acabou sendo expulso do jogo. O Fluminense, portanto, levou o gol na nova cobrança e ficou com um jogador a menos.
O GAROTO BRILHOU NOVAMENTE
Mesmo com um jogador a menos, o Fluminense não abdicou do ataque e buscou o empate até o minuto final. Se a atuação, em termos gerais, não foi satisfatória, os comandados de Fernando Diniz veem a 'luz no fim do túnel' em João Pedro. O garoto foi oportunista e, aproveitando o rebote de uma cobrança de falta, balançou as redes, diminuindo o placar.
Foi o oitavo gol do atacante em onze jogos disputados pelo Fluminense. O atacante, já vendido para o Watford, da Inglaterra, mostra, a cada partida, que realmente possui um faro de goleador. O garoto já é o vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro, balançando as redes em três oportunidades.