A sequência positiva do Botafogo no Campeonato Brasileiro teve um fim. Neste sábado, o Alvinegro foi derrotado por 2 a 0 para o Corinthians, em Itaquera, na abertura da 15ª rodada. Em tese, o placar até ficou barato para o Glorioso, que, em grande parte do duelo, não conseguiu assustar o Timão. O LANCE! analisa a partida dos comandados de Eduardo Barroca.
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NÃO ENTROU EM CAMPO
O Corinthians dominou o primeiro tempo do início ao fim. Sem mais nem menos, a equipe mandante teve uma presença garantida no campo de ataque durante os 45 minutos iniciais do duelo. A equipe de Fábio Carille incomodou principalmente pela direita, com a dobradinha entre Fagner e Pedrinho.
Foi justamente neste setor que nasceu o primeiro gol do Corinthians. Assim como em boa parte da primeira etapa, a equipe trabalhou a individualidade de Pedrinho. Já na reta final da etapa, o camisa 38 deixou Gilson para trás em uma jogada de um contra um. O jovem cruzou na medida para Boselli antecipar e balanças as redes.
DOMÍNIO PAULISTA
Eduardo Barroca encontrou um dos fatores que mais lhe trouxe dificuldades até aqui em sua passagem pelo Botafogo: uma equipe com marcação alta. O Botafogo é uma equipe que gosta de construir as jogadas desde o campo de defesa, com a participação dos zagueiros e de um meio-campista, e, aos poucos, chegar ao campo de ataque para tentar marcar.
Fábio Carille, portanto, travou justamente um dos mecanismos mais utilizados pelo Botafogo em sua criação. O Corinthians foi marcado por uma pressão alta nos zagueiros botafoguenses durante, praticamente, todo o primeiro tempo. Boselli e, principalmente, Júnior Urso foram fundamentais neste quesito. Desta forma, o Glorioso mal conseguiu chegar à segunda metade do gramado - e, quando o fez, não deu continuidade às jogadas.
PODIA TER SIDO PIOR
Foram 13 finalizações do Corinthians contra duas do Botafogo no primeiro tempo. Das tentativas do Timão, sete acertaram o alvo da equipe carioca. A produção ofensiva dos mandantes foi infinitamente maior do que as do Glorioso, que passaram longe de incomodar Walter no período.
Portanto, era possível que o Corinthians fosse com uma vantagem ainda maior para o intervalo, mas a equipe de Fábio Carille parou em Gatito Fernández. Assim como em outras oportunidades, o goleiro contribuiu com importantes defesas que impediram que a contagem fosse ainda mais negativa. O paraguaio fez, no mínimo, três boas defesas.
MUDANÇAS
Com um cenário de terra arrasada, Eduardo Barroca promoveu a entrada de Lucas Campos no lugar de Rodrigo Pimpão logo durante o intervalo. O jovem, fundamental na vitória sobre o Athletico Paranaense, na rodada passada, teve mais uma chance de provar seu valor na equipe principal.
De primeira, a mudança foi positiva. O Botafogo teve um desempenho melhor no começo do segundo tempo, mas nada que ainda fosse suficiente para ameaçar, de fato, o Corinthians. Quando o Glorioso passava por um momento de evolução no duelo, a equipe mandante dobrou a vantagem: após a recuperação de uma bola no meio-campo, o Timão acelerou com rapidez e a jogada terminou nos pés de Everaldo, que marcou seu primeiro gol pelo clube.
LUZ NO FIM DO TÚNEL?
Com 2 a 0 negativo, Eduardo Barroca resolveu colocar a equipe para frente. O treinador promoveu a estreia de Rhuan, um dos destaques do sub-20 na atual temporada, para a saída de Gustavo. O jovem atuou pelo lado esquerdo e até fez um barulho na defesa do Corinthians, aumentando a produção ofensiva. Depois, o treinador colocou Marcos Vinícius que, após retornar de empréstimo junto à Chapecoense, voltou a atuar pelo Glorioso - a última vez havia sido em dezembro do ano passado.
Marcos Vinícius ficou responsável de se posicionar em uma faixa avançada do meio-campo. Esta função foi fundamental para que o Botafogo fugisse da pressão colocada pelo Corinthians e chegasse ao ataque em reais condições de fazer um gol. A mudança, porém, foi feita tarde. O Corinthians já estava com uma posição soberana no placar e não se sentiu ameaçado de ver a vitória escapar, apesar do Glorioso ter acertado o travessão no final da partida, em uma cabeçada de Marcelo Benevenuto.