Ao priorizar a defesa, Flu de Oswaldo muda postura e perde ofensividade
Tricolor empata em 1 a 1 e é eliminado. Nos dois jogos do confronto, time finalizou menos do que o adversário. Ataque, antes elogiado, se mostrou inoperante
A torcida do Fluminense fez a parte dela, lotou o Maracanã, que recebeu um público superior a 57 mil pessoas, porém o time em campo não conseguiu corresponder à expectativa criada em cima do jogo. O empate em 1 a 1 eliminou o Tricolor, que vinha com uma grande campanha na Copa Sul-Americana. Ficou claro que a proposta do Flu era de não levar gols. No entanto, não criou muitas situações para sair na frente do placar. A estreia de Oswaldo de Oliveira não foi a das melhores e indica que haverá muito trabalho pela frente.
ATACANTES PRIORIZAM DEFENDER
A escalação do Fluminense foi a mesma que no primeiro jogo, com a exceção de Digão, que, recuperado de dores na panturrilha, entrou no lugar de Frazan. Assim como em São Paulo, o Tricolor não mostrou poder de fogo. Nenê na referência ofensiva, foi presa fácil para os zagueiros e Yony apareceu mais na marcação do que na área para finalizar. Não foi à toa que o Corinthians teve as melhores chances e poderia ter aberto o placar ainda no primeiro tempo. O gol só não saiu graças ao Muriel, que fez duas grandes defesas.
NOITE DE APATIA
Sem uma referência no ataque, restou ao Fluminense ter que se movimentar, porém o meio-campo não conseguiu achar os espaços e criou pouco, principalmente Ganso e Daniel, muito burocráticos durante toda a partida. Os dois estavam fora de sintonia, tanto que foram substituídos na segunda etapa. Ganso inclusive foi muito vaiado ao deixar o campo. Os dois parecem não ter se adaptado ao estilo de Oswaldo de Oliveira.
SEM EFEITO
Após levar o gol, restou ao Fluminense se arriscar e partir para o ataque. Wellington Nem e João Pedro entraram no jogo. Enquanto o segundo pouco apareceu, o primeiro abusou de ser fominha, prendendo e perdendo a bola em vários momentos, desperdiçando algumas jogadas promissoras. No entanto, se tentou e não dá para dizer que se omitiu. A culpa de fato não pode recair sobre eles, afinal de contas, o Tricolor atacou de forma muito desorganizada, tentando mesmo na base do abafa.
QUASE HERÓI
Na reta final da partida, Pablo Dyego entrou em campo, mais por ser a única opção ofensiva no banco de reservas. Apesar da desconfiança, o atacante foi o responsável pelo empate tricolor, que deu ainda um fôlego para o Fluminense conquistar a classificação. O gol nasceu de uma jogada de bola parada, única forma que o time poderia ter sucesso contra a defesa corintiana. Fora isso, a equipe não produziu jogadas e volume ofensivo.
ESTREIA SEM BRILHO
Oswaldo de Oliveira não foi feliz em sua estreia pelo Fluminense, iniciando a sua terceira passagem pelo Tricolor com uma eliminação na Copa Sul-Americana. Pelo pouco tempo de trabalho, não dá para culpar o técnico, porém foi nítido que o time perdeu a ofensividade que possuía com o antecessor. A equipe apresentou melhorou no setor defensivo. No entanto, ficou inoperante no ataque. Além da queda no número de finalizações, o Fluminense também ficou menos tempo com a bola quando o jogo estava empatado. O desequilíbrio entre a defesa e o ataque continua, mas agora o ataque é que vai precisar ser ajustado.