Relembre a trajetória do ídolo e ‘revolucionário’ Simeone no Atlético

Como jogador, conquistou títulos importantes, como treinador solidificou um estilo e identidade dos Colchoneros, além de elevar o nível do Atleti em âmbito nacional e europeu

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Diego Simeone se tornou em um dos grandes símbolos da história do Atlético de Madrid. O técnico renovou seu contrato com os Colchoneros e, nesta sexta-feira, ressaltou o desejo de continuar trabalhando com seu elenco e na busca por objetivos. Com fôlego renovado, o argentino é ídolo tanto como jogador quanto como treinador e colocou o Atleti em outro patamar.

Bi-campeão da Liga Europa, campeão do Espanhol, como treinador e jogador, Simeone teve papel determinante para alçar o Atlético de Madrid no nível de gigantes europeus, além de solidificar um estilo próprio e potencializar a identidade do clube junto a torcida e aos adversários. Relembre grandes momentos da trajetória de um dos grandes colchoneros de todos os tempos.

ELENCO

Simeone montou elencos fortes (Foto: AFP)

Simeone estreou como treinador do Atleti, em 2012. De lá para cá, o argentino teve participação determinante nas contratações da equipe. Trouxe Antoine Griezmann, que se tornou no maior ídolo recente do clube, por 30 milhões de euros, vindo da Real Sociedad. Com a saída de Courtois, comprou Oblak, em 2014 e o goleiro se estabeleceu como um dos principais jogadores. Além disso, soube extrair o melhor de jogadores como Godín, Juanfran, Diego Costa, Koke e Saul.

ELEVOU O NÍVEL

Com o treinador, o Atleti solidificou seu estilo e identidade (Reprodução/Atletico)

As conquistas e as finais alcançadas não foram os únicos fatores que elevaram o Atlético de patamar. Simeone instituiu um estilo de jogo, que soube combinar a técnica vigente do futebol espanhol com a garra argentina, resultando em uma equipe muito forte defensivamente, mas que também sabia ser ofensiva e aproveitar as individualidades de seus grandes jogadores. Pode-se dizer que o argentino revolucionou o estilo do clube.

O TERCEIRO GRANDE

Simeone estabaleceu o Atlético de Madrid como terceira força da Espanha (Foto: Divulgação/Atlético de Madrid)

A Espanha sempre foi um território dominado por Real Madrid e Barcelona. Algumas outras equipes, conquistaram o título do Espanhol, como Valencia, Sevilla e Deportivo La Coruña. O Atlético de Madrid, de Simeone, porém, se estabeleceu como terceira força, sempre batendo de frente e disputando título com os principais rivais, se consolidando como terceira força espanhola, tanto em nível nacional quanto europeu.

GRANDE TÍTULO

O Atleti comemorando o título do Espanhol (Foto: Curto De La Torre / AFP)

O primeiro grande título de Simeone foi a conquista do Espanhol de 2013/14, após um jejum de 18 anos. O Atleti foi campeão com 90 pontos, com 28 vitórias, seis empates e quatro derrotas. Venceu com quatro pontos sobre o Barcelona e em um momento em que Messi, no Barça e Cristiano Ronaldo, no Real Madrid, brilhavam. A equipe contava com nomes do porte de Courtois, Miranda, Godín, Koke, Arda Turan, David Villa e Diego Costa.

ÍDOLO COMO JOGADOR

Simeonse marcou 25 gols pelo Atlético de Madrid (Foto: Reprodução/Twitter/91minutosAtleti)

Esse não foi o primeiro jejum quebrado por Simeone. A última vez que o Atleti tinha vencido o Espanhol foi em 1995/06 (título que não vinha há 19 anos), com o argentino titular no meio campo da equipe. Foram 87 pontos, com 26 vitórias, nove empates e sete derrotas, com cinco pontos a frente do Valencia, vice-campeão. Além disso, conquistaram, na mesma temporada, a Copa do Rei, em cima do Barcelona, na prorrogação, por 1 a 0, com gol de Pantic. Guardiola, Figo e Hagi integravam a equipe catalã.

LIGAS EUROPAS

Atleti com o título da Liga Europa (Foto: AFP)

Em âmbito internacional, Simeone ganhou duas Ligas Europas. A primeira, em 2011/12, ao vencer o Athletic de Bilbao, por 3 a 0, com dois gols de Falcao Garcia e um de Diego, atualmente no Flamengo. O segundo, em 2017/18, ao vencer o Olympique de Marselha, pelo mesmo placar, com gols de Griezmann (2) e Gabi.

AS DORES

O momento da cabeçada de Sergio Ramos (Foto: Miguel Riopa / AFP)

As maiores tristezas de Diego Simeone em toda essa trajetória foi, sem dúvidas, os dois vices na Liga dos Campeões, um título que seria inédito e que foi perdido, nas duas ocasiões, para o rival Real Madrid. O primeiro, foi em 2013/14, por 4 a 1, sendo que três gols foram na prorrogação, logo após Sergio Ramos empatar, no último minuto. O segundo, foi em 2015/16, ao perder nos pênaltis, após empate em 1 a 1. Nas duas edições, o Atleti deixou para trás o Barcelona, nas quartas de final.

RETROSPECTO AO TODO

Seu retrospecto é positivo como jogador e treinador (Foto: Javier Soriano / AFP)

Ao todo, Simeone tem um aproveitamento muito positivo, tanto como treinador quanto como jogador. Em sua época de volante, participou de 140 jogos, com 25 gols marcados e uma assistência, além dos títulos já citados. Como treinador, são 412 jogos, com 235 vitórias, 91 empates e 68 derrotas.

GRANDE ÍDOLO

Simeone é amplamente vitorioso no Atleti (Foto: Gerard Julien / AFP)

Somando tudo, Simeone teve participação direta em dez títulos do Atleti, o que faz com que 33% de todos os títulos conquistados pelos Colchoneros tivessem sua participação direta.

*Leonardo Martins

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