Seis motivos para acreditar na classificação do Fluminense na Sula
Depois do empate em 0 a 0, em São Paulo, no duelo de ida, Tricolor disputa com o Timão uma vaga nas semifinais do torneio continental, nesta quinta-feira, no Maracanã.
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Depois de viver uma semana turbulenta, em que passou por cobranças da diretoria por resultados, derrota para o CSA, em casa, no Brasileirão e a saída do técnico Fernando Diniz, o Fluminense tem, enfim, motivos para acreditar no reencontro com as vitórias. O Tricolor recebe o Corinthians, nesta quinta, diante de um Maracanã lotado, para definir a classificação para as semifinais da Copa Sul-Americana, com o Independiente del Valle (EQU) como o adversário.
Além do apoio da torcida, outros fatores jogam a favor do time agora comandado por Oswaldo de Oliveira. Confirma quais são eles a seguir:
ESTREIA DO NOVO TREINADOR
O veterano Oswaldo de Oliveira chegou ao Fluminense com a missão de ajudar a salvar o ano. O ex-treinador Fernando Diniz deixou o clube dividindo opiniões pelo bom desempenho na Sul-Americana e o oposto no Brasileirão, em que o Flu ocupa a zona de rebaixamento, com 12 pontos.
Aos 68 anos, Oswaldo vai se valer da experiência para conseguir bons resultados. No jogo de ida, na Arena Corinthians, participou da preleção com o elenco e esteve no estádio para assistir o confronto de uma cabine e passou instruções ao interino Marcão. No comando do Flu, ele vai tentar repetir o melhor momento da carreira, em 2013, no Botafogo, período em que conquistou três títulos. O técnico também pode se inspirar em outros colegas de profissão que deram a volta por cima recentemente e conseguiram bons resultados, como Vanderlei Luxemburgo, no Vasco, Cuca, no São Paulo e Felipão, no Palmeiras.
CASA CHEIA
A apaixonada torcida tricolor esgotou praticamente todos os ingressos para a partida desta quinta, no Maracanã. Na véspera da partida, o número de pessoas confirmadas já batia a marca de 45 mil espectadores. A casa cheia tem sido sempre um incentivo para o elenco do Flu, em especial, na Sul-Americana. Em todas as vezes que jogou no estádio pelo torneio continental, o time carioca teve atuações que fizeram o público voltar para casa feliz.
O assunto já foi tema de entrevista do meia Daniel, que confirmou que o time gosta de jogar com o Maracanã lotado.
– O apoio da nossa torcida no estádio é muito bom. Ela não para de cantar e nos incentivar nem um segundo. O Maracanã cheio é uma motivação a mais para o time e nossas atuações com o estádio cheio têm sido boas – disse Daniel.
RETROSPECTO POSITIVO
O Fluminense tem um bom retrospecto quando se trata de Copa Sul-Americana. Até hoje foram 50 jogos, 25 vitórias, 12 empates e 13 derrotas.
Finalista em 2009 e semi no ano passado, o Tricolor ainda tenta conquistar a sua primeira taça, que parece estar cada vez mais próxima. No retrospecto geral, o Flu já é o 4º clube com mais vitórias na história da Copa, empatada com o Independiente, da Argentina, e o Cerro Porteño, do Paraguai. Ao todo foram 71 gols marcados e 48 sofridos.
O time carioca também já levou a melhor sobre os paulistas no torneio. Na primeira fase da edição de 2003, o Tricolor venceu por 2 a 0, no Maracanã, com gols de Rodolfo e Sorato.
TABELA
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NENÊ EM ASCENSÃO
Prevendo uma pressão corintiana fora de casa no duelo de ida, o técnico interino Marcão optou pela experiência de Nenê e escalou o veterano como titular na vaga do garoto João Pedro. A estratégia funcionou. Além de ajudar na defesa, sendo responsável pelo primeiro combate, foi dele a melhor chance do Flu na primeira etapa, com um chute de fora da área. O jogador de 38 anos também deu qualidade à bola parada, um dos fundamentos em que é especialista. Nenê deu mostras de que que já está mais adaptados ao esquema de jogo do Tricolor e pronto para assumir o protagonismo em uma equipe com muitos jovens.
CONSISTÊNCIA DEFENSIVA
Criticado pela fragilidade no setor defensivo, sob o comando de Fernando Diniz, o Fluminense mostrou um melhor desempenho neste aspecto, em São Paulo e encerrou uma sequência de nove jogos seguidos sendo vazado. Bem postada, a equipe não deu espaços para o Corinthians criar e o time de Carille finalizou poucas vezes na partida. Mesmo quando trabalhava a bola na intermediária, o Timão não conseguia infiltrar na área tricolor. Vagner Love, referência do time paulista na frente, teve dificuldades para fazer o pivô e segurar a bola, quando acionado e o zagueiro Nino teve boa atuação, ganhando todas pelo alto.
ALÍVIO AOS COFRES
A equipe que avançar para a semifinal da Copa Sul-Americana receberá 800 mil dólares de premiação da Conmebol, cerca de R$ 3,2 milhões na cotação atual. A premiação serve como um incentivo extra para o elenco, diante de um momento de dificuldades financeiras no clube, que já culminou em atrasos de salários dos atletas e funcionários. Um alívio econômico seria muito bem-vindo para todos nas Laranjeiras.
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