Sem intensidade, estilo de jogo fica prejudicado e Flu apenas empata
Tricolor teve chances de vencer o Ceará, mas criou menos do que está acostumado. Impressão é de que faltou ritmo e movimentação para furar a retranca
No reencontro com a bola, dessa vez valendo os três pontos, o Fluminense acabou frustrando os seus torcedores, que compareceram ao Maracanã. Os treinamentos da intertemporada não surtiram tanto efeito e o Tricolor ficou apenas no empate com o Ceará em 1 a 1.
A troca de passes, característica marcante do time, não apareceu e a falta de intensidade esteve presente, principalmente no segundo tempo. Algumas escolhas também se mostraram ineficazes e o técnico Fernando Diniz vai ter que quebrar a cabeça em busca de mais ajustes.
Artilheiro com fome
O atacante Pedro mostrou estar bem fisicamente e focado em jogar pelo Fluminense. O jogador entendeu o recado dado pela torcida no treino aberto nas Laranjeiras e entrou em campo com fome de bola e de gol. Pedro foi o grande destaque individual do time. Com muita movimentação, mostrou categoria quando saiu da área e faro de artilheiro para abrir o placar para o Tricolor.
Joia prejudicada
Para Pedro ser a referência, Fernando Diniz acabou sacrificando João Pedro, que teve que jogar mais fora da área, tendo atribuições defensivas. Mesmo assim, o atacante pisou na área e conseguiu algumas finalizações no primeiro tempo que poderiam ter sido gol. Na segunda etapa, sentiu um pouco o desgaste físico e acabou sendo substituído.
Maestro fez falta
O Fluminense sentiu muita falta de Allan, que teve que cumprir suspensão. Yuri, o substituto, não conseguiu dar a dinâmica e a organização do companheiro, que possui mais qualidade e aproveitamento nos passes verticais. Yuri foi muito burocrático e a atuação refletiu na performance do time. Podemos dizer que o Tricolor depende muito de Allan, o maestro da equipe, para conseguir impor o seu estilo e na ausência dele, Yuri não vai entregar o que se espera.
Entrosamento
A partida contra o Ceará marcou o primeiro jogo da nova dupla de zaga, formada por Digão e Nino. Os dois mostraram um bom entrosamento, apesar do pouco tempo de treinamentos. O sistema defensivo apresentou algumas falhas no encaixe da marcação, mas sem que os zagueiros tivessem culpa por isso. O Fluminense segue a sina de levar ao menos um gol nas partidas do Campeonato Brasileiro. Isso não aconteceu em apenas um jogo, empate sem gols no clássico com o Flamengo.
Ausência de ritmo
A intertemporada serviu para recuperar fisicamente os jogadores. No entanto, também tirou o ritmo do time. Para o estilo de jogo do Fluminense dar certo, é necessário muita intensidade, tanto na marcação, quando a equipe está sem a bola, quanto na movimentação, quando estiver com a posse. No primeiro tempo, o Tricolor apresentou essas características, porém não conseguiu manter na segunda etapa. Isso passa principalmente por Gilberto, Digão e Yony, que estavam no departamento médico. O lateral-direito inclusive foi substituído por Igor Julião.