Velhos problemas se repetem em nova derrota do Botafogo para o Flu
Time comandado pela última vez por Eduardo Barroca não conseguiu reagir depois de sair atrás no placar e chegou à quarta derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro
O Botafogo voltou a atuar mal e chegou à quinta partida seguida sem vitórias no Campeonato Brasileiro e à quarta derrota consecutiva. A derrota para o Fluminense, no Nilton Santos, por 1 a 0, neste domingo, custou o cargo do treinador Eduardo Barroca, após 23 rodadas da competição.
Em campo, o Alvinegro mostrou-se um time desorganizado, lento e sem poder de reação. O nervosismo dos jogadores pela pressão sofrida durante a semana, marcada por invasão do treinamento e protestos de torcedores, também foi visível e influenciou na derrota. Confira os principais motivos de mais um resultado negativo do Glorioso.
Erros de conclusão
O início do jogo deu a impressão de um Botafogo mais organizado do meio para a frente, com Diego Souza como o responsável pela distribuição. Quando chegava na cara do gol, no entanto, o time, mais uma vez, pecava muito no último passe e na hora de finalizar. A conclusão dos contra-ataques também ficou muito prejudicada, com a pouca rapidez e algumas decisões precipitadas dos atletas.
Zaga desatenta
A zaga alvinegra muitas vezes parou contando com as boas defesas de Gatito. O goleiro fez a um bom trabalho mas não conseguiu evitar o gol de Yony González depois de um vacilo na marcação de Joel Carli. O colombiano subiu mais e conseguiu completar um cruzamento de Gilberto e acabar com um jejum de 11 jogos sem balançar as redes. A movimentação de Nenê, que mudava de lado constantemente, também confundiu os defensores alvinegros em muitos lances. O estrago só não foi maior porque João Pedro não estava em tarde muito inspirada.
Nervosismo
Pressionado pelos maus resultados e pela semana marcada por protestos de torcedores, invasão de treino e muros pichados, o Botafogo mostrou ter sentido a pressão na partida. O nervosismo dos jogadores era notório, e muitas vezes eles se precipitaram nas escolhas dentro de campo, optando por chutes de fora da área, lançamentos sem direção ou conclusões de qualquer jeito.
Reposição fraca
O técnico Eduardo Barroca bem que tentou dar nova cara ao time no segundo tempo, com as entradas dos atacantes Rodrigo Pimpão e Victor Rangel e do meia Leo Valencia. Os dois primeiros não conseguiram mostrar nada de novo e erraram muito no domínio e nas finalizações, nas poucas chances que tiveram. Já o chileno não conseguiu ser bem sucedido na missão de fazer com que a bola chegasse em melhores condições para os homens de frente. O que se viu foi um time desorganizado e lento durante os 90 minutos.
Sem poder de reação
O Botafogo sentiu o golpe do gol de Yony González na parte final do primeiro tempo. Ainda assim, a equipe teve toda a segunda etapa para buscar reverter o resultado, mas não mostrou qualquer poder de reação. O agora ex-técnico Eduardo Barroca deixou o campo muito abatido no intervalo, em um prenúncio do que estava por vir. O estado de ânimo do comandante da equipe parece ter interferido no desempenho do time em campo. O Botafogo jogou na base do desespero sem oferecer, de fato, perigo ao Tricolor.