Cama para evitar sexo em Tóquio? Saiba histórias quentes e como são as paqueras na Vila Olímpica – LANCE!

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A Vila Olímpica de Tóquio já está ficando cheia. O local vai receber cerca de 11 mil atletas de todo o mundo. A inauguração ocorreu com discrição, no dia 13 de julho, por conta do estado de emergência instalado na capital do Japão para conter a Covid-19. Os quartos da Vila receberam camas feitas de papelão. Na internet, surgiu o boato de que as camas foram feitas assim para evitar sexo entre atletas, o que poderia espalhar o coronavírus. Isso é verdade? Detalhamos essa história aqui e contamos também diversos fatos quentes já ocorridos nas Vilas Olímpicas.

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As 18 mil camas da Vila Olímpica não foram feitas de papelão por conta de motivos envolvendo a Covid-19. Elas já estavam no planejamento da organização desde setembro de 2019, antes da pandemia começar. O motivo é a sustentabilidade. Elas serão recicladas após os Jogos. Na época, a fabricante afirmou que as camas são resistentes para a prática de sexo: "Contanto que fiquem apenas duas pessoas na cama, ela deve ser forte suficiente para suportar a carga. Conduzimos experimentos, como jogar pesos em cima da cama". Porém, é fato que a organização dos jogos atualmente quer distanciamento social.

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Por conta da pandemia de Covid-19, a tradição que envolve a distribuição de preservativos na Vila Olímpica será adaptada. 160 mil unidades serão dadas, mas apenas no adeus dos atletas, para que eles levem as camisinhas aos seus países de origem. A medida visa conter a interação entre os esportistas. Os atletas também não poderão consumir álcool em grupo. Quem descumprir as regras pode ser multado, desqualificado das competições ou até mesmo deportado.

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A pandemia também frustrou um plano ambicioso das fabricantes japonesas de preservativos. As empresas queriam oferecer na Vila preservativos ultrafinos de poliuretano, para demonstrar a alta tecnologia japonesa, porém os regulamentos rígidos por conta da Covid-19 permitiram apenas a distribuição dos preservativos convencionais, à base de látex, e dentro da regra da oferta somente na saída dos atletas.

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Agora, vamos falar de história: a primeira Vila Olímpica foi construída para os Jogos de 1932, em Los Angeles. Já a tradição de distribuir camisinhas foi iniciada nos Jogos de Seul, em 1988 (foto). O fato ocorreu por conta de preocupação com a AIDS, vírus que vinha crescendo no período. Desde 1988, então, milhares de preservativos gratuitos são distribuídos nas Olimpíadas para incentivar o sexo seguro enquanto atletas do mundo todo se reúnem na Vila Olímpica.

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Em 1988, a organização de Seul disponibilizou 8,5 mil preservativos para os credenciados. Apesar do baixo número, a ação foi considerada um sucesso.

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Em Barcelona, no ano de 1992, a organização da Olimpíada distribuiu 80 mil camisinhas na Vila, que ficava perto de uma praia - algo que ajudou a apimentar o clima. Todas as 80 mil camisinhas acabaram. Alguns atletas passaram a falar abertamente sobre sexo na Vila Olímpica. O inglês Matthew Syed, atleta do tênis de mesa, disse: "Em duas semanas fiz a mesma quantidade de sexo do que tinha feito em vida toda até aqui."

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Nos Jogos de Atlanta, em 1996, o número de preservativos caiu para 15 mil. Segundo a organização, os preservativos seriam entregues apenas para os atletas que estivessem "no clima". A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), inclusive, recomendou que a Seleção masculina evitasse sexo durante a Olimpíada.

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Quatro anos depois, em Sydney, o estoque de camisinha foi de 90 mil unidades. 70 mil foram dadas inicialmente, porém o número não foi suficiente e a organização precisou fornecer 20 mil unidades a mais. O número recorde aconteceu após um fato importante: no período, especialistas derrubaram o tabu de que sexo perto da competição seria prejudicial ao atleta.

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Atenas 2004 colocou à disposição 130 mil camisinhas doadas pela marca Durex, além de 30 mil sachês de lubrificante.

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Em Pequim 2008, os atletas acabaram com o estoque de 100 mil camisinhas da Vila Olímpica. O nadador americano Ryan Lochte, que na Rio 2016 mentiu alegando ser vítima de um assalto, mas estava tentando despistar uma noitada agitada, destacou em entrevista em 2012 as lembranças de 2008: "A pegação rola entre 75% dos atletas."

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Ainda sobre Pequim 2008, a goleira da seleção de futebol dos Estados Unidos, Hope Solo, contou como ocorriam as paqueras: "Rola muito sexo. Vi gente transando ao ar livre. Diferente de um bar, não é estranho começar uma conversa com um desconhecido, porque você sabe que vai ter algo em comum com a pessoa. Começa assim: Qual é o seu esporte? Se você não tiver disciplina, a Vila pode ser uma grande distração."

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Hope Solo ainda deu outros detalhes do que viveu em Pequim 2008: "Quando acabamos a festa, saímos de nossos belos vestidos e voltamos aos nossos agasalhos. Às 7h da manhã, sem dormir, estava bêbada participando do Today Show (um programa de TV). Eu não deveria contar isso, mas conhecemos muitas celebridades. Em um momento decidimos continuar uma festa na Vila Olímpica. Começamos a conversar com os seguranças, mostramos nossas medalhas, desviamos a atenção deles e entramos com pessoas sem credencial."

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Em Londres 2012, a organização distribuiu 150 mil preservativos, todos doados pela marca Durex, que desta vez participou como patrocinadora da competição. O aplicativo de paquera Grindr saiu do ar, tamanho foi o excesso de acessos.

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Na Olimpíada de 2012, um esportista britânico, visto como de "vida discreta", deu detalhes sobre a pegação. Em depoimento ao jornal Daily Mail, que não publicou o nome do atleta, o esportista contou que na segunda semana da Olimpíada, quando muitos já encerraram a participação nos Jogos, as coisas começam a esquentar. Após saídas por Londres, as noites acabavam nos quartos da Vila - como aconteceu com ele, um amigo atleta britânico e duas atletas ucranianas. A fiscalização, no geral, fazia "vista grossa" em troca de lembranças, como agasalhos e camisas.

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A Rio 2016 superou, em muito, os números anteriores de camisinhas dadas. Foram 450 mil preservativos disponibilizados para os 17 dias de evento, sendo 100 mil femininos. No total, 41 displays espalhados pela Vila forneciam os preservativos. As máquinas tinham a descrição "Celebre com camisinha" em português, inglês e espanhol.

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Diversos atletas da Rio 2016 estavam no aplicativo de paquera Tinder. O jogador de vôlei canadense John Gordon Perrin (foto) era um deles. Os matches no Tinder - quando duas pessoas se curtem mutuamente - foram 129% maiores na região da Vila Olímpica do que em todos os outros locais do Rio de Janeiro no período. O aplicativo registrou aumento de 64% do uso apenas no Rio de Janeiro durante o período dos Jogos.

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Ainda sobre a Rio 2016: a atleta brasileira dos saltos ornamentais Ingrid Oliveira afirmou que foi alvo de machismo na internet após envolvimento que se tornou público com o atleta brasileiro Pedro Gonçalves, da canoagem: "Fui detonada pelo mundo inteiro. Eu fui assediada. Recebi pornografia. Recebi proposta para fazer programa - sexual, não de televisão. Eu perdi trabalhos. Colocaram rótulos, espalharam mentiras, escreveram histórias que não vivi. Tudo porque eu sou uma mulher que faz sexo."

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"A única verdade é que eu levei o Pedro para o meu quarto. Mas não foi na véspera da minha competição, nem da competição dele. Ele não passou a noite comigo. Eu não expulsei ninguém do quarto. Colocaram de uma forma que pareço uma desmiolada. As pessoas não sabem, mas na Olimpíada isso é normal. Vocês devem ter visto o número de camisinhas que eles distribuíram na Vila. Tinha no refeitório e em todos os lugares. Era para quê? Para fazer balão e sair voando?", disse Ingrid, em depoimento ao site Uol.

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Os Jogos Olímpicos de Inverno também contam com distribuição de camisinhas. O fato ocorre desde Albertville 1992. Em PyeongChang 2018 (foto), a empresa Barunsengkak doou 100 mil preservativos e a Associação Coreana de AIDS mais 10 mil, totalizando 110 mil camisinhas distribuídas para os atletas e membros dos Comitês Olímpicos Nacionais.

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Publicado por Lance! • Publicada em 08:00:59 - 19/07/2021

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