Goiás terá que pagar quase R$ 150 mil a jogadores por assédio moral
Júnior Lopes e Jonathan Bocão entraram com a ação na Justiça do Trabalho, em 2016, por atraso no pagamento dos salários. Clube vai recorrer
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Por dívidas trabalhistas, o Goiás pode ter que abrir os cofres nos próximos dias. O clube foi condenado, em primeira instância, a pagar aos atletas Júnior Lopes e Jonathan Bocão, que defenderam o time em 2015, duas indenizações por assédio moral, que somadas chegam ao montante de R$ 147.214,09. A ação havia sido movida pelos jogadores na Justiça do Trabalho, em 2016.
O motivo do processo, de acordo com o zagueiro Júnior Lopes, que defende o Botafogo-PB, e o lateral-direito Bocão, do Náutico, se deu pelo fato de que ambos foram afastados pelo clube após a disputa do Campeonato Goiano de 2015 e deixaram de receber os pagamentos referentes ao período do vínculo com o clube.
Em conversa com o GloboEsporte.com, o advogado dos atletas, Felipe Rino, destacou a importância da condenação do Esmeraldino para que os jogadores deixem de sofrer pressão dos clubes no momento de assinar a rescisão, algo que, segundo o próprio, interfere nos direitos trabalhistas dos atletas.
- Essa condenação é muito importante para que acabem de vez com esta prática desrespeitosa. Os clubes quando querem rescindir o contrato do atleta, afastam, retêm o salário, para que o atleta assine a rescisão em comum acordo ou até mesmo peça demissão. Que essa condenação sirva de lição aos demais clubes que utilizam deste artifício para prejudicar as carreiras e os direitos trabalhistas dos atletas - explicou o advogado.
O advogado do Goiás, João Vicente Morais, que também esteve em contato com o veículo, revelou que o clube está preparando o recurso para a apresentar à Justiça, mas garante que está otimista de que a decisão será revertida em segunda instância.
Para Felipe Rino, as provas e depoimentos das testemunhas comprovam o afastamento por parte do clube, dificultado a possibilidade de uma reversão na decisão do júri que seja favorável ao posicionamento do Goiás.
- Pelas provas claras apresentadas e pelos depoimentos de testemunhas comprovando o afastamento, acho difícil que haja alguma reversão.
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