Insatisfeito com modelo de gestão, Rassi não confirma candidatura à reeleição no Goiás

Presidente esmeraldino afirma que é difícil gerir os clubes de forma não remunerada, diz não saber se concorrerá ao pleito do fim do ano, mas garante maior investimento

imagem cameraSérgio Rassi diz não saber se será candidato nas elições do Goiás (Foto: Rosiron Rodrigues / Site oficial do Goiás)
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Lance!
Goiânia (GO)
Dia 17/11/2015
12:21
Atualizado em 17/11/2015
14:35
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O mandato do presidente do Goiás, Sérgio Rassi, se encerrará no fim do ano, mas o mandatário ainda não decidiu se irá ou não ser candidato à reeleição. Na opinião do dirigente, o modelo de gestão não remunerado adotado pelos clubes brasileiros dificultam o trabalho. Ele defendeu a profissionalização dos dirigentes esportivos no país.

- Se dependesse da minha vontade, eu ficaria para sempre no clube. Amo o Goiás de coração. Mas é muito difícil ser presidente de clube. É um cargo não remunerado e temos de abrir mão de nossas obrigações, de nosso ganha-pão. Eu defendo mudança na gestão. Teríamos gestores profissionais nas áreas administrativa, financeira, de futebol, de imprensa, enfim, gestores remunerados e qualificados em todas as áreas. Se podemos pagar R$ 120 mil para jogador que às vezes atua pouco, por que não pagar R$ 30 mil para um gestor? Com esse modelo ligado a um Conselho, eu gostaria de permanecer. O modelo antigo está desgastado. Também preciso ver a aceitação da torcida, não quero ficar à frente se eu não for bem aceito - disse Sérgio Rassi, ao site Globoesporte.com, nesta segunda-feira, em Goiânia, durante café da manhã oferecido para os jornalistas.

A administração de Rassi à frente do Goiás tem sido muito criticada pelos torcedores do clube, insatisfeitos com a campanha do time no Campeonato Brasileiro, onde ocupa a 17ª colocação na tabela de classificação da competição, na zona de rebaixamento. Apesar disso, Rassi diz que o trabalho foi bem feito, priorizando as finanças do clube, fato que mereceu elogios do presidente do conselho deliberativo do Goiãs, Hailé Pinheiro.

- O Hailé nos chamou e fez um breve histórico falando que conseguimos fazer o que ele achava que iria demorar 10 anos. Foi esse equilíbrio de despesas. “Fechamos algumas torneiras”. Teremos um novo contrato com a televisão e novas possibilidades de patrocínio. O cenário será diferente. Facilidade nunca vai haver no futebol, mas poderemos investir mais. Tínhamos um teto salarial de R$ 50 mil por mês. Aqueles jogadores que entenderam isso e que ficarem para a próxima temporada automaticamente terão aumento salarial de 20% - disse Rassi.

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