A derrota para o Vila Nova pesou na conta e resultou na demissão do técnico Hélio dos Anjos. Entretanto, o trabalho da diretoria do Goiás foi intenso no final de semana e no início da noite deste domingo, Ney Franco foi anunciado como novo treinador do time esmeraldino.
O técnico, que acumula passagens por grandes clubes como Flamengo e São Paulo, além da Seleção Brasileira sub-20, chega com a missão de levar o Goiás à primeira divisão em 2019, mas não espera tarefa fácil. Isso porque, nas quatro rodadas disputadas, o time foi derrotado três vezes e empatou uma, conquistando apenas um ponto, que lhe deixa na 18ª colocação.
Junto com Ney Franco, também chegam o auxilar Rodney Borges e o preparador físico Alexandre Lopes. A comissão técnica ainda deve ganhar mais componentes já que os auxiliares Guilherme dos Anjos e Marcelo Rocha, o preparador físico Danny Sérgio, o fisioterapeuta Bruno Baldo e o supervisor João Paulo Paranhos também foram demitidos.
Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira, o presidente do Goiás, Marcelo Almeida e o gestor de futebol Túlio Lustusa, explicaram que apesar de radicais, as mudanças foram necessárias para que o clube possa tentar reverter os resultados ruins obtidos no início da temporada.
- Não vi falta de comprometimento. Percebi um time com medo, assustado. Não fiz o diagnóstico ainda. Fiz mudanças na comissão técnica. Mudamos peças da comissão técnica que faziam parte do grupo do Goiás. Quero deixar claro que não se trata de qualidade profissional. O futebol exige que mexidas mais radicais sejam tomadas. Infelizmente pessoas que talvez não precisavam sair tiveram que sair - disse Marcelo Almeida.
Na visão do presidente, os membros do clube pareciam estar em uma situação de conforto que não deve existir neste momento da disputa pelo retorno á primeira divisão.
- Quero deixar claro que acaba hoje a zona de conforto. Não vou admitir que essa zona de conforto exista fora e dentro de campo. É uma coisa que quero ir atrás. É uma crítica que muitas pessoas fazem. Eu também faço. Prometo aqui que acaba a zona de conforto no Goiás - afirmou o presidente.
Para Túlio Lustosa, é necessário que haja a união de todos dentro do clube por um trabalho de dedicação que livre o Goiás do período ruim.
- Zona de conforto é quando algumas pessoas estão fazendo talvez o trabalho burocraticamente sendo que poderia estar dando um pouco mais de energia, sobretudo nos momentos de dificuldade. É isso que pesa. Não podemos ter ninguém acomodado fazendo seu trabalho burocraticamente e achando que basta. No momento de dificuldade você tem que ter a superação de todos. Temos que ser mais veementes na cobrança.
Pela Série B, o Goiás volta aos gramados no próximo sábado, quando enfrenta o Fortaleza, às 19h, no Castelão.