Foto: Diego Vara/Reuters
Se existia uma figura de herói improvável e que necessitava de um gol tão importante no elenco do Grêmio, certamente esse nome é Diego Tardelli. O autor do primeiro tento diante do Libertad na última quinta-feira (25) pelas oitavas de final da Libertadores no triunfo por 2 a 0, aliás, deixou isso bem claro ao chorar copiosamente na comemoração e no tom de suas palavras após o confronto.
Já estando do lado de fora do gramado da Arena, Diego chegou a dizer que passou por um período próximo a depressão, que sentiu dificuldade para se readaptar a cultura das análises feitas pela mídia do Brasil e pontuou até mesmo "mentiras" veiculadas sobre dificuldades de relacionamento com o restante do elenco.
- Depressão é uma palavra muito forte, mas foi quase. Passei por um momento muito triste, conturbado nestes últimos quatro meses. Vim de uma cultura totalmente diferente. Você não está acostumado com críticas, mentiras. Acaba magoando. Se colocou muita coisa, que não me dava bem com o Luan, tinha rachado o grupo - analisou Tardelli.
Pensando no momento em que ainda estava a procura do tento salvador, o camisa 9 do Grêmio chegou a dizer que, em determinado momento, parou para pensar como seria importante uma bola sobrar para ele em condições de finalizar como ocorreu aos 26 minutos do segundo tempo.
- Pensei: 'Deus, poderia a bola sobrar nesse espaço aqui'. Quando o Alisson cobrou, a bola foi vindo, pude curvar o corpo e fazer o gol. Foi um lance um pouco profético - brincou o jogador, que completou:
- Espero que seja (uma nova história). Estava buscando muito esse gol, era bastante cobrado. Numa partida difícil, importantíssima, para dar um alívio para o torcedor, para o próximo jogo. Espero que as coisas possam mudar e pensar só em coisas positivas.
