Para Anderson Daronco, que neste domingo apitou o clássico entre Grêmio e Internacional, na Arena do Grêmio, válido pela oitava rodada do Campeonato Gaúcho, e que terminou empatado por 0 a 0, trazer um árbitro de outro estado, como queriam os dirigentes tricolores, não é uma situação viável e, além disso, desvaloriza a arbitragem local.
- É claro que o sonho de todo árbitro gaúcho é atuar no clássico Gre-Nal. E eu gostaria de trabalhar no maior número possível de clássicos. A carreira de arbitragem é tão dura, que nós acabamos nos apegando a certos detalhes. Como se tu conseguiu apitar um clássico Gre-Nal... O que marca nossas carreiras são estes jogos. Por isso vou defender com unhas e dentes esta questão - afirmou Daronco, em entrevista à Rádio Gaúcha, defendendo a profissionalização da categoria:
- A profissionalização da arbitragem viria a diminuir muito os equívocos no campo de partida. Mas eles não iriam sumir. O que se tem que acontecer é descriminalizar a figura do árbitro e do erro. Quando se tenta transferir o protagonismo à arbitragem é sinal que algo está errado.
Além de algumas jogadas violentas, o clássico deste domingo ficou marcado pela cotovelada de William, do Inter, em Bolaños, do Grêmio. O atacante tricolor levou a pior fraturando a Mandíbula. O lateral colorado não foi advertido por Daronco, em um lance que caberia expulsão. O árbitro não quis comentar a jogada, mas ressaltou que às vezes o juiz não é ajudado pelo angulo que vê determinados lances.
- Não tenho que ficar defendendo ou justificando algo. É muito difícil arbitrar futebol. Há situações que poderia se ter um angulo melhor? Sim. Nem sempre estar no local certo nos propicia a tomada das melhores decisões - afirmou.