Escrito por Lance!
Em entrevista coletiva dada nesta sexta-feira (7), no CT Luiz Carvalho, o técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, falou em grande parte do tempo sobre a situação do atacante Luan. Figura marcante na história do Tricolor, o atleta recentemente foi hostilizado e agredido por torcedores do Corinthians em um motel na cidade de São Paulo logo depois do mesmo ter pedido mais oportunidades de atuar.
Além de condenar os atos de violência contra seu ex-atleta, indicando que a situação pode rapidamente escalar para cenários ainda mais graves, Renato apontou claramente que tem o desejo de retorno do jogador ao clube onde ele marcou época entre 2013 a 2019.
- É lamentável o que aconteceu. Tem certas coisas que acontecem nesse país que é difícil de entender. É uma situação que muitas vezes acontece em alguns clubes e todo mundo vai empurrando com a barriga. No nosso país, as coisas começam a se mexer um pouquinho quando alguém morre. Enquanto alguém não morrer, está tudo certo. As autoridades têm que fazer alguma coisa, se não vira uma bola de neve. Amanhã depois é uma facada, um tiro - disse o comandante gremista, agregando:
- Comigo aqui, ele fazia algumas coisas que está fazendo em São Paulo. Mas era o primeiro a chegar no treino, um dos últimos a ir embora e rendia no campo. Comigo o Luan rendeu e rendeu muito. Após o jogo contra o Bahia, eu conversei com o Guerra no vestiário e troquei algumas ideias de trazer o Luan de volta. Vamos deixar passar esses dois jogos (contra Botafogo e Bahia) para ver. O jogador, que fez o que fez com a gente aqui, não desaprende a jogar. Às vezes, você precisa dar um carinho, ser um pai, ser um amigo, ser um irmão. Ser um bom gestor para ter o jogador dentro do campo.
Apesar da afirmação capaz de levantar hipóteses sobre uma aproximação do Grêmio com Luan, Renato tratou de acrescentar que não existe qualquer tipo de negociação aberta, apenas caráter de interesse que partiu da comissão técnica.
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- Se a gente bater o martelo de trazer, aí é com o presidente. Tem que ver com o presidente, executivo. Ninguém está prometendo. Mas comigo sempre foi um grande profissional, se entregou dentro dos jogos e treinos. Eu falo que não gosto de trabalhar com jogador santo, gosto de quem é um pouco fora da casinha, mas no final de semana ele dava dor de cabeça para o adversário. Mas sempre treinou, jogou e nos ajudou. É uma ideia que a gente vai amadurecendo para ver semana que vem - concluiu.