O hino do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, conhecido popularmente como o "Hino Tricolor", foi criado em 1953 por Lupicínio Rodrigues, um dos maiores nomes da música popular brasileira. Nascido em Porto Alegre, Lupicínio era um torcedor fanático do Grêmio e viu no clube a inspiração para compor uma canção que expressasse o orgulho e a força da equipe. Sua escolha como compositor do hino oficial não foi por acaso. Sua profunda ligação com o time e seu talento musical garantiram que o hino capturasse a essência do Grêmio e de sua torcida. O Lance! conta tudo da história da canção mais conhecida do Tricolor Gaúcho.
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Antes da criação do hino oficial, o clube já contava com uma canção que servia como símbolo, mas a diretoria do Grêmio desejava algo mais representativo, que refletisse a identidade do clube. Foi então que Lupicínio apresentou sua composição, que foi rapidamente adotada pela diretoria e torcida.
Confira a letra do hino do Grêmio
Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo e que nós estaremos
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver
Cinquenta anos de glória
Tens imortal tricolor
Os feitos da tua história
Canta o Rio Grande com amor
Nós como bons torcedores
Sem hesitarmos sequer
Aplaudiremos o Grêmio
Aonde o Grêmio estiver
Letra e significado do hino
A letra do hino do Grêmio fala diretamente ao coração dos torcedores. O primeiro verso, "Até a pé nós iremos, para o que der e vier", demonstra a devoção incondicional da torcida ao clube. O verso sugere que, mesmo diante das adversidades, o torcedor gremista estará sempre presente, apoiando o time em todas as situações. Essa mensagem de união e resiliência é o que torna o hino tão poderoso e emocionante para quem o canta.
Outro destaque da letra é a referência ao "imortal", termo que se tornou um dos lemas do clube. A ideia de que o Grêmio é "imortal" reforça a imagem de um time que nunca desiste, mesmo nas situações mais difíceis, e que sempre encontra uma forma de superar os desafios. Isso se tornou uma marca registrada da história do Grêmio, especialmente em momentos de superação nos campeonatos que disputou.
Curiosidades sobre o hino do Grêmio
Embora o hino de Lupicínio seja o mais conhecido e oficial, o Grêmio teve outras canções ao longo de sua história que serviram como hinos. Uma delas, composta no início do século XX, tinha um estilo mais marcial e não conseguiu o mesmo apelo popular que o atual hino. A versão de Lupicínio conseguiu conquistar a massa gremista por sua capacidade de conectar o clube com o povo. Em 1924, Isolino Leal compôs o primeiro hino gremista. O segundo hino foi criado em 1949, após um concurso realizado pelo Grêmio, vencido por Breno Blauth.
Outro ponto curioso é que, na época da composição do hino, Lupicínio já era famoso por suas canções de "dor de cotovelo", que falavam de amores perdidos e desilusões. No entanto, ele mostrou uma faceta completamente diferente ao compor o hino, criando uma música vibrante e otimista, algo que surpreendeu muitos fãs da sua obra.
Mesmo após décadas de sua criação, o hino do Grêmio continua sendo uma peça fundamental na identidade do clube. Em todos os momentos de vitória, o hino é lembrado como uma expressão da garra e determinação do time. Em 2017, por exemplo, quando o Grêmio conquistou a Libertadores da América pela terceira vez, o hino foi uma das canções mais tocadas e cantadas pelos torcedores, reforçando a união entre clube e torcida.
Em eventos oficiais, como a apresentação de novos jogadores e a inauguração de obras no estádio, o hino também marca presença. Isso mostra que, além de ser uma música cantada nos estádios, ele tem um papel cerimonial dentro do clube. As novas gerações de torcedores continuam aprendendo e respeitando o hino como um dos principais símbolos do Grêmio.