Depois de quase cinco anos em meio a crise, a não ida para importantes competições internacionais e os mal desempenhos em Mundiais, e uma renovação necessária, a Alemanha encontrou-se novamente com os títulos nesta tarde de domingo, 31 de janeiro, ao enfrentar a Espanha e vencer por 24 a 17. Mas ao ver o placar não pense que foi fácil para a seleção criadora do handebol segurar uma das melhores equipes do mundo, porque não foi.
Nos números o jogo foi bem equilibrado. Foram 51 arremessos para cada seleção, porém quem foi melhor e transformou-os em mais gols foram os alemães.
O jogo começou com os espanhóis no ataque. Foram 1 minto e 50 segundos comandando a partida, porém que abriu o placar foi a Alemanha que marcou o gol. E na sequência mais dois (3 a 0). Os passes eram bem trocados, as defesas também, elas além de bem fechadas possuíam dois ótimos goleiros. O jogo demorou a deslanchar. A Espanha trocava passes e não finalizava, errava ou esbarrava no goleiro Wolff, destaque do jogo pelas inúmeras defesas feitas das mais diferentes formas. Somente aos seis minutos que os espanhóis chegaram ao gol e marcaram, em tiro de 7 metros. Aliás, enquanto a Seleção da Espanha era mais técnica e tentava trabalhar os passes, a Seleção da Alemanha não apenas era técnica, mas na defesa era um pouco selvagem. Partia para cima sem dó e cometeu muitas faltas (levou ao longo do embate oito penalidades de dois minutos) e em muitos momentos ficou com até dois jogadores a menos em quadra.
Aos sete minutos os alemães não apenas marcaram um gol, como também abriram a vantagem para quatro pontos. Eles passaram a comandar o ritmo de jogo. Os espanhóis estavam apagados dentro das quatro linhas, e era nítido de que eles não estavam encontrando formas de jogar frente aos ágeis alemães. Somente aos 15 minutos de duelo, que a seleção espanhola conseguiu chegar ao gol e se encontrou em quadra, não apenas passou a acompanhar o ritmo da seleção alemã, mas passou a ameaçar. Apesar da reação, ao encontrar Wolff os gols não saiam, e aos 20 minutos, seis gols separavam as duas seleções, neste cenário o treinador da Espanha, José Villaldea, pediu tempo técnico para orientar seus atletas. A conversa funcionou e com facilidade Entrerrios marcou para os espanhóis, só que Hühn não queria ver os rivais empatar o jogo e atacou, marcando o gol que manteve a diferença. Placar parcial: ALE 10 x 6 ESP.
No segundo tempo o embate se manteve na mesma temperatura, com ambas seleções atacando forte, e principalmente com o goleiro alemão, Wolff, fechando a trave. Foram necessários cerca de três minutos para que o placar fosse alterado, foram dois gols da Alemanha que abriu a vantagem para seis pontos. Com a Espanha melhor em quadra, os alemães não pouparam as faltas, já os espanhóis desperdiçaram as oportunidades. Foram duas penalidades de 7 minutos, uma seguida da outra, desperdiçadas. Somente aos 11 minutos que Tomas marcou para a Espanha, de 7 metros. Sempre presente nos momentos mais importantes da partida, a Alemanha não contou apenas com o talento do goleiro, mas também com a facilidade de decisão de Häfner que não só marcou, como também manteve a vantagem a favor da sua equipe (15 a 9).
Com um novo apagão do ataque espanhol, os alemães seguiam marcando gols, mesmo com a dificuldade de encontrar espaços na defesa concorrente (18 a 11). Aos 18 minutos, no entanto, em mais um lance de 7 metros a Espanha, através de Tomas, marcou e fez diminuir a diferença. Mesmo com um a menos em quadra, a Alemanha seguia a frente e no comando, sendo que aos 24 minutos dominava a partida (22 a 13). Só que aos 25 minutos de jogo, faltando apenas cinco minutos para o fim, a seleção espanhola reagiu! Foi para cima, melhorou os passes, conseguia atacar mais efetivamente. Se Entrerrios marcou diminuindo a diferença, e Häfner marcou o gol do título, o espanhol Ugalde do meio da quadra, arremessou a bola, que passou por cima dos atletas, do goleiro e caprichosamente entrou e bateu na rede. Mas não adiantava mais. Mesmo sem gols nos últimos 120 segundos de partida, a vitória era alemã. PLACAR FINAL: ALE 24 x 17 ESP.
O nome do jogo foi o goleiro alemão Wolff. O artilheiro também é da Alemanha, Häfner balançou as redes por 10 vezes.
A terceira colocação da EHF Euro Polônia 2016 ficou com a Croácia que venceu a Noruega pelo placar de 24 a 31.
Também foi decidido neste domingo o All Star Time da EHF Euro. Confira no blog Dois Minutos a escalação dos melhores jogadores da Euro: http://blogs.lance.com.br/doisminutos/acabou-a-ehf-eur…me-esta-definido/