A véspera do confronto entre Internacional e Santa Cruz, pela 33ª rodada do Brasileirão, foi marcada por indignação, devido à notícia de que o clube gaúcho ofereceu "mala-preta" ao adversário, veiculada em um jornal de Pernambuco. Nesta sexta-feira, o presidente do Colorado, Vitorio Piffero, rapidamente rechaçou a hipótese e disse que tomou medidas cabíveis assim que tomou conhecimento do assunto:
- Tão logo tomamos ciência da informação deste jornalista, tentamos contato e ele não nos atendeu. O (vice-presidente do Internacional) Giovane Gazen tentou contato e ele não atendeu. Conversamos com a direção do jornal e ela tirou a notícia do ar. Conversamos com a direção do jornal e ela tirou a notícia do ar. O "Jornal do Commercio" já se retratou - afirmou, à Rádio Gaúcha.
O dirigente questionou a falta de responsabilidade do jornalista ao divulgar esta nota:
- A orientação que passei ao vice-presidente era que providenciasse um processo de crime, contra esse jornalista, a menos que apresentasse uma desculpa convincente. Acho que é um rapaz recém-formado, muito novo. Mas isto não importa, tem que ter responsabilidade.
No desembarque em Porto Alegre, os jogadores do Santa Cruz também não esconderam sua irritação. Derley disse que a acusação ofendeu tanto o Santa Cruz quanto o Internacional:
- Isso é uma inverdade, vergonhoso o que estão falando. Falta de respeito com os jogadores e a instituição Santa Cruz. Estou feliz de voltar a Porto Alegre. Mas isso que estão dizendo aí é vergonhoso. Falta de respeito até com o Inter, que é grande demais pra fazer isso - afirmou, à Rádio Gaúcha.
Já o atacante Grafite ressaltou a dignidade do elenco:
- Temos nossa dignidade, independente do nosso momento, da situação financeira em que o clube se encontra. Jamais vamos passar por isso, entregar jogo pra beneficiar um outro. Acho que se trata de boato.
Além de tirar a notícia do ar, o "Jornal do Commercio" publicou no fim da tarde desta sexta-feira uma retratação: "A reportagem foi retirada do site do Jornal do Commercio por não apresentar provas documentais que comprovem a acusação. Aos envolvidos, pedimos desculpas".