A partir do dia 7 de setembro, o mundo voltará os olhos novamente para o Rio de Janeiro. Com mais de 4 mil atletas de 160 países, os Jogos Paralímpicos distribuirão 528 medalhas, em 23 modalidades, durante 11 dias de disputas. A delegação brasileira vai encarar o desafio de se manter entre as potências paralímpicas com 289 atletas, dos quais 262 (90,6%) são patrocinados pelo programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. Esse é o maior número de representantes nacionais na história dos Jogos.
Encabeçados por grandes nomes como Daniel Dias, Clodoaldo Silva, Andre Brasil, Terezinha Guilhermina e Yohansson do Nascimento, os brasileiros competirão nas 23 modalidades que compõem o programa paralímpico pela primeira vez na história.
Na última edição do evento, em Londres, em 2012, o Brasil ficou na sétima colocação, com 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes. No Rio, os brasileiros pretendem terminar os Jogos entre os cinco melhores no quadro geral de medalhas. Para alcançar o objetivo, o Ministério do Esporte investiu R$ 14,5 milhões ao ano em bolsas.
O programa Bolsa Atleta apoia esportistas independentemente de sua condição econômica, com patrocínios que podem chegar a R$ 15 mil. Na Paralimpíada do Rio-2016, são 93 atletas da categoria Pódio, 59 da categoria Internacional, 56 da categoria Nacional e 54 da categoria Paralímpica.
Os benefícios são pagos da seguinte maneira: Atleta de Base (R$ 370,00); Estudantil (R$ 370,00); Nacional (R$ 925,00); Internacional (R$ 1.850,00); Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100,00) e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).
Bolsa Atleta
No exercício de 2016, o programa Bolsa Atleta patrocina 6.152 atletas de todo país, contemplando modalidades paralímpicas e olímpicas. Os investimentos são de R$ 80 milhões no exercício. Do total, 1.202 são atletas paralímpicos.
Considerado o maior programa de patrocínio individual do mundo, o apoio completou em 2015 uma década de atuação, com mais de 43 mil bolsas concedidas para mais de 17 mil atletas.
Preparação Rio 2016
Durante o ciclo paralímpico de 2016, a preparação das seleções paralímpicas permanentes em diversas modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado) contou com apoio financeiro do governo federal.
Desde 2010, foram firmados 17 convênios entre o Ministério do Esporte e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os valores somam R$ 67,3 milhões. O investimento proporcionou o treinamento de atletas no Brasil e no exterior, além da participação em competições internacionais.
A fase final de preparação foi realizada no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro. O complexo na capital paulista é o maior do mundo em número de modalidades contempladas: são 15 no total. O equipamento é o principal legado dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 para a infraestrutura dos esportes adaptados.
O equipamento, um dos principais da Rede Nacional de Treinamento, conta com 86 alojamentos, capazes de receber entre 280 e 300 pessoas, e áreas para o treinamento de 15 modalidades paralímpicas. A unidade está dividida em 11 setores que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia.
O centro de treinamento recebeu investimento de R$ 187 milhões do Ministério do Esporte e R$ 115 milhões do Governo de São Paulo. Dos recursos do governo federal, R$ 167 milhões foram para a construção e outros R$ 20 milhões para a equipagem. O CT é o principal centro de excelência da América Latina e está sob a gestão do Comitê Paralímpico Brasileiro.