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Natal recebe a Tocha Paralímpica neste sábado

Chama será acesa em cerimônia Palácio dos Esportes Djalma Maranhão, às 11h

Tocha paralímpica chega em Brasilia
imagem cameraO revezamento da tocha paralímpica começou em Brasília (Foto: Rio2016/Andre Luiz Mello)
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Lance!
Rio de Janeiro
Dia 02/09/2016
17:14
Atualizado em 03/09/2016
08:35

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O revezamento da Tocha Paralímpica dos Jogos do Rio-2016 chega neste sábado ao Nordeste. Natal, no Rio Grande do Norte, é o destino da viagem da chama Paralímpica. O revezamento percorrerá todas as regiões do país, representadas por seis cidades brasileiras, para anunciar a chegada dos Jogos Rio 2016. Os valores paralímpicos serão lembrados em cada cidade. A grande novidade é o mecanismo de acendimento da chama: calor humano. Numa campanha virtual lançada pelo Comitê Rio 2016, pessoas do mundo todo poderão enviar mensagens positivas, por meio de hashtag #ChamaParalímpica, acumulando energia suficiente para acender cada chama.

A chama de Natal será acesa em cerimônia no Palácio dos Esportes Djalma Maranhão, na Praça Pedro Velho, às 11h.
Na capital potiguar, a chama simbolizará a inspiração, lembrando que é possível mudar vidas por meio das histórias e conquistas dos atletas Paralímpicos.

Débora Seabra, primeira professora com síndrome de down do país, será a mensageira desse valor em Natal. Homenageada com o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação em 2015, ela dá aulas há mais de dez anos. Débora também faz palestras no Brasil e em outros países, como Argentina e Portugal, sobre o combate ao preconceito. Em 2013, ela lançou o seu primeiro livro, chamado “Débora conta histórias”.

Depois de acesa, a chama paralímpica vai visitar seis instituições que trabalham a reabilitação e inclusão da pessoa com deficiência na cidade.

A primeira parada é no Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do Rio Grande do Norte (IERC). De lá, a chama segue para a Sociedade Amigos do Deficiente Físico do Rio Grande do Norte (Sadef), referência na formação de atletas Paralímpicos na cidade, e para a Apae. Todas as instituições prepararam atrações e apresentações especiais para marcar a passagem da chama Paralímpica.

Durante a tarde, o revezamento ainda visita o Centro de Saúde Auditiva (Suvag), onde haverá uma apresentação de coral entoando o Hino do Brasil e partidas de demonstração de goalball. Depois, segue para a Associação de Orientação aos Deficientes (Adote), que preparou um espetáculo de dança para marcar o momento. A última parada é na Clínica Heitor Carrilho.

O Revezamento percorrerá ainda as ruas de Natal, começando às 16h, no Portal do Sol Kleberson Nascimento, em Mãe Luiza, e encerrando o dia no Palácio dos Esportes Djalma Maranhão, às 18h15, com a cerimônia de celebração.
No domingo, dia 5, o Revezamento da Tocha Paralímpica segue para São Paulo (SP).

Conheça alguns condutores do dia:
Maria Rizonaide Silva - Foi a melhor halterofilista paralímpica de 2015, mas não está classificada para os Jogos do Rio-2016. Conquistou o ouro no Parapan Toronto 2015 e, com a morte do pai, teve de batalhar ainda mais. Não raro, é vista caminhando horas por dia pelas ruas de Natal para vender cosméticos e complementar sua renda. É uma batalhadora que merece reconhecimento por seu pioneirismo no esporte. Conduz a convite do Bradesco.

João Kulscsár - É professor, fotógrafo, mestre em Artes pela Universidade de Kent, Canterbury, Reino Unido. Criou o projeto Alfabetização Visual, que ensina fotografia para deficientes visuais no Senac-SP. O profissional atua na área de educação cultural,tendo uma relação estreita com a fotografia como ferramenta de transformação social. Professor visitante na Universidade de Harvard. Conduz a convite do Bradesco.

Francisco Araújo - Foi jogador da seleção de futebol de salão para cegos do estado. Fundador da Associação de Deficientes Visuais do RN (ADEVIRN), ajudou a formar três atletas que estão no Jogos Rio 2016, dois judocas e uma corredora. Conduz a convite da Claro.

Ana Claudia Albuquerque – Trabalha com paradesporto no Rio Grande do Norte há 14 anos, atuando especificamente em deficiências severas, como paralisia cerebral, tetraplegia e síndromes diversas. Conduz a convite da Claro.

Francisco Avelino - Paratleta da natação, conquistou três medalhas em quatro edições de Jogos Paralimpíadas que participou (Sidney, Atenas, Pequim e Londres). Começou sua vida desportiva no basquete e seguiu para a natação. Hoje é um dos grandes incentivadores do esporte em Natal. É condutor convidado da Nissan.

Arthur Medeiros – É professor do ensino técnico e supervisiona a criação de um projeto para facilitar o acesso de pessoas que utilizam cadeiras de rodas às praias. O projeto propõe desenvolver um veículo que utilize energia solar e possa, por meio de esteiras, garantir que o cadeirante transite pela areia da praia e usufrua de um lazer tão comum em Natal. É condutor convidado da Nissan.

Gledson Soares - Atleta de natação, participou de cindo edições dos Jogos Paralímpicos – Barcelona, Atlanta, Sydney, Athenas e Pequim. Em Atlanta 1996, conquistou o bronze nos 200m medley SM7. Em Sydney 2000, subiu novamente ao pódio, com o bronze no revezamento 4x100m livre 34pts. Gledson começou a nadar ainda na infância para tratar a dificuldade de locomoção que teve como sequela da poliomielite.

Genezi Alves - O paraibano Genezi Alves estreou nos Jogos Paralímpicos em 1992, onde conquistou uma medalha de bronze. Quatro anos depois, em Atlanta, foram mais três medalhas. A última conquista foi um bronze em Sydney 2000, nos 150m medley SM3. O nadador ainda competiu em Atenas 2004 e Pequim 2008, sem obter medalhas, e levou um ouro e dois bronzes nos Jogos Parapan de Guadalajara 2011. Genezi teve poliomielite na infância e entrou para a natação como uma forma de reabilitação.

Andreonni Fabrizius Rego – Goleiro de futebol de 5, foi bicampeão Paralímpico ao disputar os Jogos de Athenas 2004 e Pequim 2008. Na primeira edição em que participou dos Jogos, Andreonni ajudou o Brasil não só a conquistar a medalha de ouro, mas também a sair do torneio sem ter sofrido um gol sequer. Na China, a história quase se repetiu. Desta vez, além do ouro, o Brasil saiu como a melhor defesa, com apenas dois gols sofridos.

Fernando Campos - Perdeu a visão aos 2 anos de idade devido a um câncer nos olhos. Ele é ator e estudante de jornalismo. Sua história de vida inspirou Ingrid Zvarezzi, autora de Malhação da TV Globo, a criar um personagem inspirado nele.

Anderson Teixeira – É professor de educação física em Natal, participa do Projeto Portas Abertas Para Inclusão, que tem o objetivo de possibilitar melhores condições de aprendizagem e o acesso das crianças e adolescentes com deficiência à escola regular.

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