Não poderia ter começado melhor os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro para os brasileiros, nesta quinta-feira. Logo na primeira disputa por medalhas, o Brasil já conquistou uma prata no atletismo: com Odair Santos nos 5.000m da classe T11 (para deficientes visuais). Esse é o primeiro de diversos pódios que o Comitê Paralímpico do Brasil projeta, já que a meta principal é terminar a competição no top 5 no quadro de medalhas.
O ouro foi de Samwel Kimani, do Quênia. O africano ultrapassou o brasileiro nos metros finais da disputa para terminar com a primeira colocação.
Odair era o favorito à conquista da láurea. Até por isso, soube controlar muito bem a prova. Aos 35 anos, a experiência e os resultados anteriores foram cruciais no resultado. Afinal, com sete voltas para o fim da disputa, o atleta do Brasil ocupava a quarta colocação. Mas sem desgrudar dos líderes. E quase deu certo.
O sprint quando faltavam menos de três voltas para o fim da disputa mostrou muito bem que ele estava em ótima forma. Só não dava para esperar a recuperação do queniano. Mas isso não desanimou.
Ajudou também o incentivo do público. Apesar de o Engenhão não estar lotado (muitos lugares estavam vazios e o setor Oeste foi fechado para o público ficar todo na ala Leste), não faltaram gritos de incentivo para o corredor brasileiro.
O resultado ainda não acaba com uma sina de Odair em Paralimpíadas. Apesar de ter sete medalhas em Jogos (a conquista no Rio foi a oitava), ele nunca faturou um ouro. São quatro pratas e quatro bronzes. Além disso, no Mundial do ano passado, o atleta passou mal nos 5.000m e não completou a disputa.
*O repórter viaja a convite da Nissan